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Sono ruim se espalha e dados revelam consequências para o dia a dia

Especialistas alertam que a falta de sono aumenta casos de ansiedade, depressão, hipertensão e piora do desempenho profissional, e apontam caminhos de tratamento online

Sono ruim se espalha e dados revelam consequências para o dia a dia
Sono ruim se espalha e dados revelam consequências para o dia a dia
Consultoria revela como está o sono dos brasileiros Sono ruim se espalha e dados revelam consequências para o dia a dia
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Dormir bem deixou de ser rotina para grande parte dos brasileiros. Pesquisas recentes indicam que mais da metade dos adultos convive com dificuldade para manter um ciclo estável de sono, o que afeta metabolismo, imunidade, humor e memória. Segundo Luciana Melo Ferreira, quando o sono perde qualidade, o corpo perde sua capacidade de reparo e organização neuroquímica.

Ao longo da noite, o organismo reduz o metabolismo cerebral, regula o sistema nervoso autônomo e libera hormônios envolvidos em recuperação e equilíbrio metabólico. Luciana explica que a fase REM é responsável pela consolidação de memórias e pelo processamento emocional. A privação prejudica a saúde, altera o relógio biológico e desorganiza funções básicas. Há impacto no foco, na resposta imune e na memória de longo prazo.

Quando procurar ajuda para o sono

A insônia é considerada patológica quando ocorre três vezes por semana por um período de três meses, com prejuízo durante o dia. Entre os sinais mais frequentes estão despertares repetidos, dificuldade para iniciar o sono, sensação de noite não reparadora, irritabilidade e lapsos de memória. Há também piora do desempenho profissional, alterações cardiovasculares e efeitos metabólicos. Luciana aponta que o aumento do cortisol noturno pode indicar a necessidade de avaliação médica e tratamento comportamental ou farmacológico.

Sono e saúde mental

A privação de sono facilita o surgimento de transtornos emocionais e problemas cardíacos. Há aumento de cortisol e noradrenalina, favorecendo ansiedade e irritabilidade. A queda de serotonina e dopamina contribui para quadros depressivos. Também ocorre inflamação sistêmica, com maior risco de hipertensão e aterosclerose. A hiperativação do sistema nervoso reduz a variabilidade cardíaca. Ao comentar o tema, Luciana afirma que noites curtas alteram a regulação emocional e funcionam como gatilho para doenças mentais e cardiovasculares.

Teleconsulta facilita o cuidado

Com o ritmo acelerado do trabalho e o uso constante de telas, cresce a busca por atendimento online para tratar distúrbios do sono. Segundo a especialista, a telemedicina permite avaliação, acompanhamento e ajuste de fatores que pioram o descanso, como ansiedade e efeitos de medicamentos. Ela acrescenta que psicólogos aplicam terapia cognitivo-comportamental no ambiente digital com resultados consistentes, incluindo diários de sono e monitoramento do ritmo circadiano.

Luciana explica que ajustes simples na higiene do sono, somados ao suporte terapêutico, ajudam o corpo a reequilibrar sua produção de melatonina e reduzir o cortisol noturno. Para a especialista, orientar pacientes sobre hábitos, rotina e monitoramento permite recuperar o ritmo neuroquímico que mantém o sono e a saúde conectados.

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