Do Micro Ao Macro

Setembro Amarelo: como dados e cuidado humano ajudam empresas a prevenir crises de saúde mental

Programas estruturados unem tecnologia e acompanhamento próximo para reduzir afastamentos, melhorar clima organizacional e até salvar vidas

Setembro Amarelo: como dados e cuidado humano ajudam empresas a prevenir crises de saúde mental
Setembro Amarelo: como dados e cuidado humano ajudam empresas a prevenir crises de saúde mental
Setembro Amarelo: líderes apontam práticas para equilibrar saúde mental, vida pessoal e negócios
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O Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, chama atenção para uma realidade muitas vezes invisível dentro das organizações: os transtornos mentais que afetam trabalhadores e comprometem produtividade, engajamento e sustentabilidade dos negócios.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 96,8% dos casos de suicídio registrados no Brasil estão relacionados a transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias. Nesse contexto, cresce o número de empresas que tratam saúde mental não apenas como tema de RH, mas como ativo estratégico nas agendas de CEOs e conselhos de administração.

Programa estruturado nas empresas

A HealthBit, consultoria de saúde corporativa do Grupo RD Saúde, lançou o Programa Saúde Mental para atuar em duas frentes: prevenção e acompanhamento de casos já identificados. A iniciativa já apoiou cerca de 1.800 pessoas desde o início, combinando palestras, rodas de conversa e materiais educativos com atendimento personalizado por equipe multidisciplinar formada por enfermeiros, psicólogos e psiquiatras.

“O grande diferencial está na busca ativa de casos graves, muitas vezes silenciosos, que não chegam a procurar ajuda. Também medimos resultados, o que permite traçar estratégias baseadas em dados para apoiar a continuidade do cuidado”, explica Raquel Cavalleri, coordenadora de Saúde Mental da HealthBit.

Impacto humano e corporativo

Um dos casos relatados pelo programa envolveu uma funcionária de empresa cliente que apresentava ideações suicidas e esgotamento mental. Após acompanhamento psicológico e psiquiátrico, ela relatou melhora significativa e estendeu o cuidado para dentro de casa. O marido também iniciou tratamento, o que refletiu em maior qualidade de vida familiar. “A própria colaboradora expressou gratidão pelo programa e pela chance de retomar sua rotina com acolhimento adequado”, diz Raquel.

Para Murilo Wadt, CEO da HealthBit, o tema precisa ser tratado como prioridade de gestão. “Os transtornos mentais impactam diretamente a vida pessoal e profissional. Esse cuidado contínuo ajuda a prevenir crises graves e melhora o ambiente de trabalho. A saúde mental deve ser vista como um ativo corporativo, capaz de influenciar inovação, reputação e retenção de talentos”, afirma.

Dados que orientam decisões

Além do acompanhamento direto, a HealthBit fornece relatórios às empresas, com informações sobre saúde emocional, absenteísmo e afastamentos. Os dados permitem ajustar políticas internas, melhorar o clima organizacional e apoiar metas ligadas à agenda ESG e responsabilidade social.

“O programa gera resultados práticos para os negócios e mostra que cuidar da saúde mental é também investir em sustentabilidade corporativa”, resume Wadt.

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