Do Micro Ao Macro

Por que criar uma cultura orientada por dados virou prioridade para empresas em crescimento

Estratégia data-driven exige mudança de mentalidade, estruturação das informações e integração com inteligência artificial

Por que criar uma cultura orientada por dados virou prioridade para empresas em crescimento
Por que criar uma cultura orientada por dados virou prioridade para empresas em crescimento
Cultura data-driven começa com mudança de mentalidade
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Cada vez mais empresas se dizem orientadas por dados. No entanto, a prática mostra que poucas decisões realmente consideram informações estruturadas. Para o CEO e cofundador da Nekt, Antonio Duarte, o conceito de cultura data-driven vai além de dashboards e contratação de especialistas.

Segundo ele, o uso de dados precisa estar incorporado à rotina de todos os níveis da organização. “É quando questionar uma ideia com base em dados se torna natural, não um confronto”, afirma.

Essa abordagem não substitui a experiência, mas fornece respaldo para decisões estratégicas e operacionais.

Falhas surgem antes mesmo da tecnologia

Empresas costumam iniciar o processo pela compra de ferramentas. Porém, sem uma base de cultura analítica, esses investimentos não geram resultado.

Muitas organizações não sabem ainda interpretar tendências, analisar indicadores ou formular as perguntas certas. Isso leva a um cenário em que o acúmulo de dados não se converte em valor real para o negócio.

O custo inicial para estruturar os dados também costuma ser apontado como uma barreira. Quando essa decisão é adiada, o volume e a complexidade das informações crescem, dificultando ainda mais a organização futura.

Ferramentas acessíveis mudam o cenário

A evolução das tecnologias de análise tem permitido que empresas em crescimento comecem mais cedo. Segundo Duarte, novas ferramentas reduzem a necessidade de times grandes ou altos investimentos.

Esse início mais simples, mas bem executado, favorece a consolidação de uma cultura de dados ao longo do tempo.

Estruturação agora também serve para IA

O uso de dados nas empresas vai além da análise humana. Cada vez mais, as organizações estruturam informações para alimentar fluxos de automação e inteligência artificial.

As aplicações incluem desde o envio automático de alertas e relatórios até o uso de assistentes que respondem perguntas como “quantos clientes estão em risco de churn?” ou “qual foi o crescimento das vendas este mês?”.

Com dados estruturados, é possível acionar sistemas que detectam rupturas de estoque, analisam campanhas de marketing ou automatizam processos financeiros.

Quando os dados estão desorganizados, esses modelos não funcionam. Por outro lado, quando há uma base clara e bem integrada, a combinação com IA acelera a produtividade e amplia a capacidade de resposta.

Jornada exige consistência e visão de longo prazo

A construção de uma cultura orientada por dados não acontece de forma imediata. Para empresas em expansão, iniciar com uma estrutura básica e confiável já representa uma vantagem competitiva.

Com o avanço da inteligência artificial, os dados deixam de ser apenas suporte analítico. Eles passam a ser parte ativa das operações, influenciando decisões e otimizando tarefas.

De acordo com Duarte, quem entende esse movimento desde cedo tem mais chances de construir processos sólidos, integrados e preparados para escalar.

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