Do Micro Ao Macro
Pix parcelado estreia em setembro: qual é melhor, ele ou o cartão de crédito?
Taxas, prazos e limites variam entre instituições e definem a melhor escolha para o consumidor


Em 2024, o Pix registrou 63,8 bilhões de transações, crescimento de 52% em relação ao ano anterior, superando cartões, boletos, TEDs e cheques somados.
Hoje utilizado por 76,4% da população, o sistema de pagamentos do Banco Central estreia uma nova modalidade: o Pix parcelado.
O recurso, disponível a partir deste mês, permite dividir compras em até 24 vezes, dependendo da instituição financeira.
Na prática, o vendedor recebe o valor integral da transação no ato da compra, enquanto o cliente assume o pagamento em parcelas.
A operação pode ser feita por chave Pix ou QR Code, sem necessidade de inserir dados de cartão em sites ou aplicativos.
“É um avanço no mercado de crédito e pode ser uma opção interessante para o consumidor, mas é essencial avaliar taxas, condições e limites antes de escolher a melhor alternativa”, explica Leonardo Moreira Gomes, cofundador e CEO da Paytime, startup de soluções de pagamento digital.
Diferenças entre as modalidades
As condições do Pix parcelado variam de acordo com cada banco ou fintech. Em alguns casos, o serviço é vinculado ao limite do cartão de crédito já existente.
Em outros, pode ser oferecido mesmo para clientes sem histórico de crédito.
O custo é um ponto decisivo. “Os juros variam entre instituições, mas em muitos casos o Pix parcelado apresenta taxas menores do que algumas maquininhas de cartão”, aponta Leonardo.
Como escolher entre Pix parcelado e cartão de crédito
Para decidir, o empresário deve comparar taxas e prazos nos aplicativos dos bancos.
Algumas instituições exigem valor mínimo para parcelamento ou definem datas específicas para início do pagamento.
O Santander, por exemplo, estabelece mínimo de R$ 100, enquanto o Nubank permite quitar a primeira parcela apenas após duas faturas.
“Cada pessoa tem uma necessidade financeira diferente. Para alguns, o ideal é reduzir ao máximo os custos com juros, enquanto outros podem preferir prazos mais longos. O essencial é avaliar as condições e fazer uma escolha consciente”, conclui o CEO da Paytime.
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