Do Micro Ao Macro

Número de novos negócios cresce 13% em novembro na comparação anual

Mais de 296 mil pequenos negócios foram abertos no mês, com destaque para MEIs, micro e pequenas empresas

Número de novos negócios cresce 13% em novembro na comparação anual
Número de novos negócios cresce 13% em novembro na comparação anual
PMEs: 62% dos empreendedores brasileiros já possuíam conhecimento prévio ao abrir seu negócio, de acordo com pesquisa da Serasa Experian · Levantamento revela também que 68% dos empreendedores se prepararam antes de iniciar seu empreendimento
Apoie Siga-nos no

O Brasil registrou um aumento na abertura de novos negócios em novembro de 2024. Segundo o Sebrae, foram criadas 334,5 mil empresas no período.

Dessas, 321 mil são pequenos negócios, representando 96% do total. Em relação ao mesmo mês de 2023, o crescimento foi de 13%. Naquele ano, foram abertas 284 mil pequenas empresas.

MEIs lideram o total acumulado

No acumulado de 2024, já são 3,9 milhões de pequenos negócios formalizados. Entre eles, os microempreendedores individuais (MEIs) representam 76% do total.

Além disso, as microempresas (ME) somam 19,7%, enquanto as empresas de pequeno porte (EPP) correspondem a 4,5%. Esses dados mostram a predominância dos MEIs no cenário atual.

Presidente do Sebrae destaca confiança no mercado

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números refletem o desempenho positivo da economia brasileira. Ele apontou fatores como o crescimento do PIB e o aumento da empregabilidade como incentivos ao empreendedorismo.

De acordo com ele, novas empresas formalizadas geram empregos, o que movimenta ainda mais a economia. Esse cenário estimula as pessoas a abrirem seus próprios negócios.

São Paulo lidera aberturas por cidades

Entre as cidades com maior número de aberturas em novembro de 2024, São Paulo liderou com 33.474 novos negócios. Rio de Janeiro veio em seguida, com 11.202 empresas, e Brasília registrou 6.273.

Esses números indicam que os grandes centros continuam sendo os principais polos de novos empreendimentos. No entanto, outras cidades também têm se destacado.

Setores com maior participação

O setor de Serviços liderou, representando 62% das novas empresas abertas no período. Ao todo, foram criados 200 mil negócios nesse segmento.

Em seguida, o Comércio correspondeu a 23% do total, com 73 mil novas empresas. Já a Indústria registrou 24 mil negócios, ou 7% do total.

Novos programas de crédito para pequenos empreendedores

A aprovação da Lei 14.995/2024 trouxe programas voltados ao crédito. Um deles é o “Acredita no Primeiro Passo”, direcionado a famílias inscritas no CadÚnico.

Além disso, o PROCRED 360 foi lançado para financiar dívidas de pequenos negócios e trabalhadores autônomos. Entre os beneficiados estão taxistas e outros profissionais.

Outro programa, o “Desenrola Pequenos Negócios”, facilita a renegociação de dívidas. Ele oferece descontos em troca de benefícios tributários, promovendo alívio financeiro.

Por fim, o Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), gerido pelo Sebrae, recebeu R$ 2 bilhões em recursos. A expectativa é que sejam liberados R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos.

Perspectivas para 2025

Para 2025, estão previstas ações que incluem a participação na COP 30 e a internacionalização de negócios. Além disso, o acesso a mercados externos será uma das prioridades.

Segundo Décio Lima, é importante que os pequenos empreendedores estejam presentes nessas discussões globais. Ele destacou a contribuição deles para a inclusão e a distribuição de renda.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo