Do Micro Ao Macro
Nordeste abriu 15,6% dos pequenos negócios do país em 2024
Região ocupa a terceira posição, com destaque para a participação no setor industrial


De acordo com um levantamento do Sebrae sobre a abertura de pequenos negócios no Brasil, o Nordeste registrou a criação de 610.451 empresas entre janeiro e novembro de 2024. Esse número representa 15,6% dos 3,9 milhões de empresas abertas no país, colocando a região atrás apenas do Sudeste (51,1%) e do Sul (19,1%).
O economista Miguel Vieira de Araújo, da Sudene, destacou que “esses números superam a participação do Nordeste no PIB nacional, que é de cerca de 14%”. Ele afirmou ainda que, no Brasil, os pequenos negócios representam 96,4% das novas empresas. No Nordeste, essa participação sobe para 97,4%. Entre os pequenos negócios estão incluídos MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte.
Sergipe e Pernambuco registram altas variações
Ao comparar os dados de 2024 com o mesmo período de 2023, a Sudene identificou crescimento na abertura de pequenos negócios em todos os estados brasileiros. Sergipe apresentou a segunda maior variação do país, com um aumento de 12,5%. Pernambuco também se destacou, ocupando a sétima posição nacional com uma variação de 9,3%.
Diferenças regionais se mantêm
A Sudene também apontou a persistência das desigualdades regionais no número de novos pequenos negócios. São Paulo, por exemplo, abriu 33.474 empresas apenas no mês de novembro, enquanto Sergipe e Piauí somaram, respectivamente, 25.290 e 28.296 empresas em todo o acumulado do ano até novembro.
Indústria tem destaque na região
Cerca de 7,6% dos pequenos negócios abertos no Nordeste pertencem ao setor industrial, proporção próxima da média nacional, de 7,8%. No entanto, quando se considera a participação nordestina na abertura de pequenas indústrias do país, a região responde por cerca de 15%.
Miguel Vieira de Araújo ressaltou a importância desse dado e explicou que ele reforça a proposta da Sudene no Programa Nova Indústria Brasil (NIB). “A Sudene defende o fortalecimento das pequenas e médias indústrias, essenciais para as cadeias produtivas da região Nordeste”, afirmou o economista.
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