Do Micro Ao Macro
No e-commerce, turismo cresce pelo 5º mês consecutivo, com 239 milhões de acessos
Pela primeira vez, Airbnb ultrapassa Latam e conquista segundo lugar no setor
Setores que cresceram em dezembro
Apesar de dezembro ser um mês desafiador para o e-commerce, alguns setores tiveram desempenho positivo. Segundo o Relatório Setores do E-commerce no Brasil, Calçados (5,7%), Presentes e Flores (6,2%) e Turismo (4,2%) foram os que mais cresceram.
Turismo em alta
O turismo foi o destaque, com 239,2 milhões de visitantes únicos apenas em dezembro. Desde agosto de 2024, o setor acumula cinco meses de crescimento contínuo, com alta de 25,2% nos acessos.
Dezembro foi o segundo melhor mês do setor, ficando atrás apenas de janeiro do ano anterior, que registrou 275,3 milhões de acessos.
Airbnb supera Latam
Dentro do setor, a Airbnb cresceu 7,7%, com 29,5 milhões de acessos. Pela primeira vez, a empresa ultrapassou a Latam e assumiu o segundo lugar no ranking do turismo.
Em 2024, a Airbnb teve um crescimento de 36,7% em comparação com 2023. Atualmente, a plataforma detém 12,4% do share of traffic, ficando atrás apenas da Booking, que lidera com 17%.
Outros destaques do turismo
A Click Bus registrou a maior alta de dezembro, com crescimento de 32% em relação a novembro. A plataforma subiu duas posições e alcançou o sétimo lugar, com 12 milhões de visitantes.
Outra que entrou no TOP 10 foi a Quero Passagem, que cresceu 31% no mesmo período, atingindo 8 milhões de acessos. Essas três empresas foram as que mais contribuíram para o bom desempenho do setor.
OLX avança no ranking geral
A OLX cresceu 1,8% em dezembro, indo na contramão da maioria dos e-commerces brasileiros. Com isso, a empresa holandesa ultrapassou as concorrentes Temu e Samsung, alcançando o 4º lugar no ranking geral.
A Temu teve queda de 5%, enquanto a Samsung recuou 18% após resultados recordes em novembro.
Amazon.com entra no Top 30
A Amazon.com, do setor de importados, teve o crescimento mais expressivo, com alta de 36% em dezembro. A empresa entrou no Top 30 dos maiores e-commerces do país, ocupando a 22ª posição.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.