Do Micro Ao Macro
Networking é poderoso ativo econômico no ambiente de negócios
No Brasil, o networking se consolida como ativo econômico capaz de impulsionar resultados, estimular inovação e fortalecer ecossistemas empresariais
O avanço da economia digital não reduziu a importância das conexões humanas. Em meio a algoritmos e dados, o networking passou a ser visto como ativo econômico capaz de influenciar decisões, gerar oportunidades e apoiar o crescimento do empreendedorismo no país.
O aumento de novos negócios reforça esse movimento e mostra que relações profissionais seguem como componente relevante da atividade empresarial.
Networking e confiança
Para Marcos Koenigkan, fundador do think tank Mercado & Opinião, as relações de negócios dependem de troca contínua e confiança construída ao longo do tempo. Ele afirma que estruturas de relacionamento fortalecidas ampliam o alcance de líderes e empresas e criam condições para iniciativas que dificilmente surgiriam por caminhos isolados.
Segundo dados do Mapa de Empresas, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o país registrou cerca de 4,2 milhões de novas empresas em 2024, número recorde e 9,9% acima de 2023. O volume reforça a força do empreendedorismo e aponta para ambientes onde conexões profissionais influenciam decisões e novos investimentos.
Redes que impulsionam negócios
O relatório GEM Brasil 2024, produzido pelo Sebrae e pela Fundação Getulio Vargas, mostra que 61,5% dos empreendedores consideram redes de relacionamento e parcerias determinantes para o crescimento dos negócios. Já 56% afirmam que a troca com outros empresários estimula inovação. A leitura dos dados indica que colaboração amplia potencial competitivo e acelera resultados.
Koenigkan observa que o efeito se espalha por ecossistemas regionais. Ao compartilhar conhecimento e formar alianças, líderes criam condições para atrair investimentos e apoiar novos ciclos de expansão. Ele destaca que empresas que compreendem o valor do capital relacional influenciam a dinâmica do próprio mercado.
Relacionamentos são ativos econômicos
A presença ativa em redes estruturadas amplia visibilidade, fortalece reputações e atrai parceiros para projetos de longo prazo. A confiança estabelecida nas interações profissionais se converte em valor econômico e reforça decisões estratégicas.
À medida que a economia brasileira avança para modelos sustentados por colaboração, o Networking ganha papel central. Empresas que investem em capital humano e capital relacional tendem a ampliar capacidade de inovação, expansão e liderança em seus mercados.
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