Do Micro Ao Macro
Minimercados autônomos ganham espaço fora dos condomínios
Formato de varejo de proximidade amplia presença em centros comerciais, universidades e estações de metrô


O varejo de proximidade cresce no Brasil e atrai consumidores em busca de conveniência. Segundo levantamento da NielsenIQ, os brasileiros visitam minimercados e pequenos varejos cerca de 74 vezes por ano, enquanto as grandes redes recebem, em média, 16 visitas anuais.
O modelo, também chamado de varejo de vizinhança, oferece acesso rápido a produtos em distâncias curtas, a pé ou de carro. Além de condomínios, o formato se expandiu para centros comerciais, universidades, escritórios, hospitais, academias e estações de metrô.
Expansão da Minha Quitandinha
A Minha Quitandinha, startup de tecnologia em varejo e franqueadora de minimercados autônomos, já soma mais de 350 unidades. A rede amplia sua presença para atender novos fluxos de consumidores fora do ambiente residencial.
Douglas Pena, CRO e sócio-fundador da marca, afirma que o novo hábito de consumo impulsiona o setor. “As pessoas valorizam cada vez mais o tempo e querem resolver tudo com praticidade, seja no caminho para o trabalho ou na pausa entre reuniões”, explica.
Modelo operacional sem equipe fixa
Os minimercados autônomos funcionam sem necessidade de funcionários. O abastecimento é feito com base em dados de consumo, o que reduz custos operacionais em relação a comércios tradicionais.
Esse formato mais enxuto e a alta frequência de uso sustentam o crescimento acelerado do segmento.
Frequência como diferencial competitivo
Pena destaca que a recorrência nas compras é um dos principais diferenciais. As lojas de proximidade são utilizadas em momentos pontuais, mas de forma mais frequente. Isso permite investir em tecnologias capazes de identificar padrões de consumo e ajustar a oferta de forma precisa.
Segundo o executivo, essa adaptação contínua torna o serviço mais presente e integrado à rotina dos consumidores.
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