Do Micro Ao Macro

Micro e pequenas empresas geraram oito em cada dez empregos em julho

De acordo com levantamento do Sebrae, a partir dos dados do Caged, foram criadas 103,6 mil novas vagas pelo segmento no período

Micro e pequenas empresas geraram oito em cada dez empregos em julho
Micro e pequenas empresas geraram oito em cada dez empregos em julho
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
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Cerca de 80% das contratações realizadas em julho deste ano foram feitas por microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Mais de 103,6 mil empregos foram gerados pelo setor, de acordo com levantamento do Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os resultados reforçam as micro e pequenas empresas (MPE) como uma potência para a economia brasileira.
“Agora, as micro e pequenas empresas tiveram um salto para 80% das contratações, o que representa essa capacidade pujante que os pequenos negócios têm de gerar emprego e renda para a população. Uma verdadeira revolução com mais inclusão. O empreendedorismo vem criando oportunidades em todos os cantinhos do país”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.
Nos sete primeiros meses do ano, foram criados 853,8 mil postos de trabalho nas micro e pequenas empresas (MPE). Entre janeiro e julho, o setor de Serviços teve um saldo positivo de mais de 430 mil empregos, seguido pela Construção (161,1 mil) e pela Indústria de Transformação (120,7 mil).
Ao analisar apenas julho, o setor de Serviços foi o principal gerador de novos postos de trabalho entre as MPE, com 42,5 mil registros, seguido pela Construção e pelo Comércio, que ficaram praticamente empatados, com mais de 23 mil registros cada. Atividades como transporte rodoviário de cargas, atendimento hospitalar, hipermercados e supermercados, fornecimento e gestão de recursos humanos e construção de edifícios estão entre as que mais contrataram.

Sobre o Caged

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), instituído pela Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965, foi criado como instrumento de acompanhamento e fiscalização mensal das admissões e dispensas de trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A partir de 1986 passou a ser utilizado como suporte ao pagamento do seguro-desemprego e, mais recentemente, tornou-se um relevante instrumento à reciclagem profissional e à recolocação do trabalhador no mercado de trabalho.
O cadastro constitui importante fonte de informação do mercado de trabalho de âmbito nacional e de periodicidade mensal. Desde janeiro de 2020, o uso do Sistema do Caged foi substituído gradativamente pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Atualmente, todas as empresas estão obrigadas a declarar as movimentações por meio do eSocial.

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