Do Micro Ao Macro
Micro e pequenas empresas contratam quase 750 mil no semestre e impulsionam geração de empregos
Setor de Serviços lidera as admissões e dados do IBGE mostram menor taxa de desemprego em 13 anos


As microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) seguem como protagonistas na criação de empregos no Brasil. Dados levantados pelo Sebrae, com base nas informações do (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontam que o segmento foi responsável por 747,6 mil contratações formais no primeiro semestre de 2025.
Somente em junho, foram registrados 106,9 mil novos postos de trabalho vinculados às micro e pequenas empresas. Isso equivale a 64% de todas as admissões feitas no país naquele mês.
Os setores que puxam as admissões
No recorte de junho, o setor de Serviços liderou com 44,7 mil contratações realizadas por MPEs. Em seguida, vieram o Comércio, com 28,1 mil vagas, e a Construção, com 16,8 mil. Entre as atividades que mais geraram empregos estão locação de mão de obra temporária, atendimento hospitalar, transporte de cargas e supermercados.
No acumulado do semestre, o setor de Serviços também ficou na dianteira, com saldo de 386,1 mil vagas. A Construção aparece em segundo lugar, com 138,6 mil novos postos, seguida pela Indústria de Transformação, que somou 110,7 mil contratações no período.
Desemprego recua
Além dos números positivos do Caged, a PNAD Mensal, do IBGE, revelou queda na taxa de desemprego. No trimestre encerrado em junho, o índice ficou em 5,8%, o menor nível registrado desde o início da série histórica, há 13 anos.
Houve recuo de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 7%. Na comparação com o mesmo período de 2024, a redução foi de 1,1 ponto percentual.
Sebrae destaca papel das MPEs
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os pequenos negócios mantêm papel relevante na geração de empregos e inclusão social. “Os pequenos negócios são uma força para a nossa economia pela capacidade de gerar emprego e renda, além da determinação para enfrentar os desafios de um mercado que não foi feito para eles”, afirmou.
Ele também destacou que as micro e pequenas empresas contribuíram para a saída do Brasil do Mapa da Fome.
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