Do Micro Ao Macro
Mais da metade dos MEI pretende investir no negócio em 2025
Máquinas, equipamentos e instalações físicas lideram as prioridades entre microempreendedores de todo o país


Mais da metade dos microempreendedores individuais (MEI) do Brasil pretende investir em seus negócios em 2025.
Segundo levantamento realizado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), 57,3% dos entrevistados afirmaram ter planos de investimento ao longo do ano.
O estudo mostra que a principal prioridade dos MEI está relacionada à estrutura produtiva.
Máquinas, equipamentos e melhorias em instalações físicas são os focos mais citados.
Essa tendência aparece em todas as regiões e setores analisados, embora existam variações nos focos secundários de aplicação dos recursos.
Norte e Nordeste lideram intenção de investir
Os MEI das regiões Norte e Centro-Oeste lideram a intenção de investir, com 67,6%.
O Nordeste aparece logo em seguida, com 67%.
No Sul, o índice é de 51,8%, e no Sudeste, de 54,1%.
Na média nacional, o foco nos investimentos em infraestrutura do negócio é comum.
Porém, o Nordeste também apresenta uma preocupação significativa com o aumento do capital de giro, citado por 39,5% dos empreendedores locais.
Já marketing e divulgação ganham destaque no Sudeste (44,7%) e no Sul (38,5%).
Segmento industrial foca em infraestrutura
Na Indústria, quase 60% dos MEI declararam intenção de investir em máquinas, equipamentos e instalações físicas.
Nos Serviços, os recursos tendem a ser distribuídos de forma mais diversificada.
Além da estrutura do negócio, 46,4% dos microempreendedores do setor pretendem aplicar em ações de marketing e divulgação.
No Comércio, a prioridade é dividida entre a infraestrutura e o aumento do capital de giro, mencionado por 38,1% dos entrevistados.
Esse dado indica preocupação com a liquidez e o equilíbrio financeiro do negócio.
Confiança na economia impulsiona decisões
Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, os dados demonstram confiança dos empreendedores no cenário econômico.
“A transferência de renda já impulsiona a economia do país. Um empreendedor que tem confiança na economia e no sucesso do próprio negócio vê o investimento como um caminho seguro para ampliar a produção, gerar mais emprego e renda”, afirmou.
Para ele, os resultados confirmam o impacto das medidas adotadas pelo governo federal.
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