Do Micro Ao Macro
Maioria das startups no Brasil já utiliza inteligência artificial nos processos
Levantamento do Sebrae mostra que 78% das startups adotam IA para impulsionar crescimento e eficiência operacional
O uso de inteligência artificial está presente em 78% das startups brasileiras, conforme apontam os dados da pesquisa Founders Overview 2024.
O levantamento, realizado pelo Sebrae em parceria com a ACE Ventures, ouviu cerca de 900 empreendedores com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões.
Crescimento impulsionado pela IA
Entre as empresas que já adotam a tecnologia, 65% registraram melhorias no crescimento e na eficiência operacional. As principais aplicações da IA são análise de dados (27,4%), automação de processos (24,8%), otimização do marketing (18,5%) e personalização da experiência do usuário (16,4%).
Desafios na adoção
O Sebrae tem trabalhado em conjunto com o Centro de Excelência em IA (CEIA) e outras iniciativas para facilitar o acesso das startups às tecnologias de inteligência artificial.
Os esforços incluem a promoção de inclusão produtiva, apoio na implementação de oportunidades e fomento a novos negócios, especialmente em setores intensivos da cadeia produtiva.
No entanto, a adoção da IA ainda enfrenta barreiras significativas. Segundo o Observatório Sebrae Startups, 25,55% das startups relatam dificuldades em encontrar talentos qualificados e 22,43% apontam altos custos de implementação como desafios.
A integração com sistemas legados e a resistência dentro das empresas também são obstáculos identificados.
Interesse de investidores cresce com a IA
Apesar das dificuldades, a inteligência artificial se tornou um diferencial na captação de recursos. A pesquisa revela que 60% dos empreendedores perceberam aumento no interesse de investidores por empresas que utilizam IA.
Setores que mais utilizam IA
Entre as startups que mais aplicam inteligência artificial, destacam-se as de educação (Edtechs) com 9%, seguidas pelas financeiras (8%), de tecnologia verde (5,5%) e de agronegócio (5,5%).
Esses setores buscam otimizar suas operações e se manter competitivos através de soluções inteligentes.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.