Do Micro Ao Macro

Juros do empréstimo pessoal sobem pelo quarto mês e acendem alerta para quem busca crédito

Levantamento do Procon-SP mostra alta nas taxas de junho e reforça a importância da comparação entre bancos

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Empréstimos pessoais ficam mais caros em junho

O levantamento mais recente do Procon-SP aponta que a taxa média do empréstimo pessoal subiu novamente em junho.

O índice atingiu 8,22% ao mês nos seis bancos analisados.

É o quarto mês seguido de alta, com acréscimo de 0,10 ponto percentual em relação a maio.

Entre as instituições, o Bradesco apresentou o maior aumento.

A taxa passou de 8,57% para 9,08% ao mês, uma variação de 5,95%.

Já o Banco do Brasil também elevou seus juros, passando de 6,58% para 6,62% ao mês.

A alta foi de 0,61%.

Por outro lado, os demais bancos mantiveram os mesmos percentuais registrados no mês anterior.

Juros do cheque especial seguem no limite máximo

No caso do cheque especial, a taxa média foi de 7,96% ao mês.

Não houve alteração em relação ao mês anterior.

Esse valor permanece próximo do teto de 8% estabelecido pelo Banco Central desde janeiro de 2020.

A limitação está prevista na Resolução nº 4.765, válida para pessoas físicas.

Ela determina o máximo que pode ser cobrado pelas instituições nessa modalidade de crédito.

Diferença entre bancos pode impactar o custo final

De acordo com o levantamento do Núcleo de Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor, a diferença entre os bancos é expressiva.

O menor índice de juros para empréstimo pessoal foi registrado pelo Banco do Brasil, com 6,62% ao mês.

Em contrapartida, a maior taxa foi identificada no Santander, que cobra 9,99% ao mês.

No cheque especial, o Banco do Brasil também oferece a menor taxa entre os pesquisados, com 7,74%.

Já as demais instituições — Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander — aplicam o limite de 8%.

Procon-SP orienta avaliar o custo efetivo total

Diante do cenário de alta nos juros e da Selic fixada em 14,75% ao ano desde maio, o Procon-SP recomenda cautela.

A orientação é que o consumidor só contrate crédito se houver real necessidade.

Nesse caso, a decisão deve ser tomada com base em uma comparação detalhada entre as opções disponíveis.

Segundo o órgão, além da taxa de juros, é preciso avaliar o Custo Efetivo Total (CET).

Esse indicador inclui tarifas, impostos e seguros.

A comparação deve considerar sempre o mesmo valor e prazo de pagamento.

Dessa forma, o consumidor pode escolher a alternativa menos onerosa.

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