Do Micro Ao Macro

Inteligência emocional é uma competência indispensável para líderes

Especialista aponta como líderes emocionalmente inteligentes influenciam o desempenho das equipes e os resultados das empresas

Inteligência emocional é uma competência indispensável para líderes
Inteligência emocional é uma competência indispensável para líderes
Carine Roos, mestre em Gênero pela London School of Economics and Political Science - LSE, e consultora de impacto social, explica como empresas podem facilitar a jornada materna
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A Inteligência Emocional envolve a capacidade de reconhecer, entender e gerenciar as próprias emoções e as dos outros. Em um ambiente corporativo que exige constante adaptação, essa habilidade tornou-se indispensável para gestores que desejam liderar com eficácia e conduzir suas equipes ao sucesso.

Líderes emocionalmente inteligentes criam um ambiente de trabalho positivo, impactando diretamente o desempenho e a satisfação dos funcionários, o que reflete nos resultados das empresas.

Um estudo anual da The School of Life em parceria com a Robert Half, intitulado “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”, entrevistou 774 profissionais, incluindo líderes e liderados.

Os resultados mostram que 43% dos entrevistados citaram um ambiente tóxico como principal motivo para pedidos de demissão, enquanto 65% apontaram o apoio e acolhimento como fatores decisivos para permanecer em uma organização.

Carine Roos, especialista em ambientes corporativos humanizados e diretora da Newa , destacou que a Inteligência Emocional é muito importante para uma gestão eficaz. Segundo ela, líderes com essa habilidade conseguem estabelecer conexões significativas, o que inspira e atrai a confiança dos demais. Essas conexões fortalecem as relações e criam um senso de propósito compartilhado dentro das equipes.

A pesquisa “Panorama das Carreiras 2030”, realizada pela TOTVS em parceria com a H2R Insights & Trends, revelou que a Inteligência Emocional é a soft skill mais valorizada pelos setores de RH para os próximos cinco anos, sendo mencionada por 47% dos entrevistados, seguida pelo Pensamento Analítico e Crítico, com 28%.

O estudo abrangeu profissionais das áreas de tecnologia, finanças, recursos humanos, marketing e vendas, identificando as principais competências técnicas que devem predominar no mercado no futuro.

Contudo, a Inteligência Emocional não se desenvolve isoladamente. Líderes também precisam dominar outras habilidades, como o autoconhecimento, que permite reconhecer suas forças e fraquezas e promove o desenvolvimento contínuo.

A autorregulação, crucial para controlar impulsos e emoções negativas, ajuda líderes a manterem a calma e orientarem suas equipes com clareza, evitando o pânico e buscando soluções construtivas. Segundo Carine, diante de desafios como mudanças climáticas e o avanço da inteligência artificial, o autoconhecimento e a empatia serão cada vez mais importantes para lideranças sensíveis às emoções próprias e dos funcionários.

A empatia, que consiste em se conectar profundamente com os outros, promove uma cultura de inclusão e respeito, onde os trabalhadores se sentem valorizados e apoiados.

Já as habilidades sociais, como a comunicação eficaz e o gerenciamento de relacionamentos, são fundamentais para criar um ambiente de trabalho colaborativo e harmonioso, facilitando a resolução de conflitos e a construção de alianças estratégicas.

Carine Roos ressaltou ainda que líderes com inteligência emocional humanizam as relações no ambiente de trabalho, reconhecendo seu papel na solução de problemas e no crescimento das empresas.

No entanto, é através das equipes que esses líderes se destacam, criando espaços onde os funcionários se sentem à vontade para propor ideias, sugerir melhorias, admitir erros e pedir ajuda, sabendo que serão apoiados.

Ela concluiu que, mesmo com a necessidade de alcançar metas e resultados, o respeito ao potencial e à individualidade de cada pessoa deve sempre prevalecer na gestão.

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