Do Micro Ao Macro
Instituto e Sebrae se unem para fortalecer a vitivinicultura nacional
As atividades estão programadas para começar em outubro de 2024 e seguirão até dezembro de 2025


O Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS) e o Sebrae Nacional firmaram uma parceria para lançar o projeto “Fortalecimento da Vitivinicultura Brasileira”. Esse projeto conta com um investimento total de R$ 2,4 milhões. Desse valor, R$ 1.687.547,00 são financiados pelo Sebrae, e R$ 750.000,00 são aportados pelo Consevitis-RS.
As atividades estão programadas para começar em outubro de 2024 e seguirão até dezembro de 2025. O objetivo central é aumentar o consumo de vinhos e espumantes brasileiros, promovendo esses produtos no mercado interno.
O Consevitis-RS explicou que o projeto visa fortalecer toda a cadeia produtiva, abrangendo desde microempreendedores e pequenas empresas até vinícolas de médio e grande porte, além de produtores de uva. Assim, as ações devem beneficiar um amplo grupo de empreendedores do setor.
Entre os estados prioritários para essa ação estão o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Essas regiões concentram as principais áreas de produção de uva e polos de enoturismo do país.
Estratégias para ampliar o mercado e apoiar a formalização
O projeto concentrará seus esforços na ampliação do mercado consumidor de vinhos e espumantes. Além disso, focará na qualificação da produção, no estímulo à formalização de pequenos produtores e na divulgação das regiões vitivinícolas brasileiras.
Além dessas metas, o projeto também prevê a criação de uma estrutura de inteligência de mercado. A intenção é fornecer aos produtores informações que possam ajudar na tomada de decisões estratégicas de maneira mais informada.
Luciano Rebellatto, presidente do Consevitis-RS, destacou a importância desse convênio para a vitivinicultura nacional. Ele afirmou: “o convênio com o Sebrae Nacional é um passo importante para fortalecer a vitivinicultura no Brasil. Queremos que o consumidor reconheça a qualidade dos vinhos nacionais e, ao mesmo tempo, incentivar o empreendedorismo no setor.”
Rebellatto reforçou o compromisso de apoiar o crescimento e o destaque de cada produtor. Segundo ele, o foco do projeto é beneficiar tanto pequenos quanto médios produtores, ajudando-os a obter destaque no mercado.
O gerente de Competitividade do Sebrae Nacional, Fábio Kriger, também comentou sobre a parceria. Ele explicou que o Sebrae pretende aumentar a competitividade dos pequenos negócios rurais no setor. Para Kriger, o objetivo é apoiar esses empreendedores para que os vinhos brasileiros alcancem o mercado de forma estratégica e sustentável.
Principais ações do projeto
Promoção do vinho brasileiro: As ações de promoção dos vinhos brasileiros incluem o Projeto Comprador e o Projeto Imagem. Essas iniciativas trarão compradores, jornalistas e influenciadores para conhecer as regiões produtoras do país. Dessa forma, busca-se expandir o interesse pelos vinhos nacionais.
Além disso, está prevista a participação do projeto na Expointer, um dos maiores eventos de agronegócio do país. Outras ações incluem campanhas de divulgação, apoio à Avaliação Nacional de Vinhos e a realização de um piloto do Festival do Vinho Brasileiro.
Qualificação e orientação para produtores: O projeto também prevê ações de qualificação para os produtores. Entre as iniciativas está a atualização do Manual Técnico de Boas Práticas Agrícolas, que serve como um guia para a produção de uvas de qualidade.
Além disso, será revisada a cartilha “Como Formalizar uma Vinícola”. O objetivo é orientar os produtores e facilitar o processo de formalização, o que pode aumentar as oportunidades de mercado para pequenas vinícolas.
Inteligência de mercado: Por fim, o projeto prevê a criação de uma base de inteligência de mercado voltada para o setor vitivinícola. Entre as atividades estão pesquisas sobre o comportamento do consumidor brasileiro e o mapeamento da cadeia de produção nacional. Esses estudos devem fornecer dados estratégicos para apoiar as decisões dos produtores e fortalecer a vitivinicultura no Brasil.
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