Do Micro Ao Macro

Indústrias adotam Smart Worker e reduzem acidentes em até 40% com monitoramento

Tecnologia conecta EPIs e sensores inteligentes a sistemas digitais, elevando segurança, produtividade e eficiência nas fábricas

Indústrias adotam Smart Worker e reduzem acidentes em até 40% com monitoramento
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A transformação digital das indústrias brasileiras avança para um novo estágio com a chegada do conceito de Smart Worker, também conhecido como Connected Worker ou EPI Digital. A tecnologia conecta crachás, capacetes e equipamentos de proteção a sistemas que monitoram dados em tempo real sobre presença, fadiga e produtividade.

Esses dispositivos permitem acompanhar a rotina dos profissionais em campo, enviando alertas e relatórios automáticos sobre zonas de risco, movimentação e tempo de exposição, além de gerar indicadores de segurança e desempenho.

Fadiga, segurança e eficiência sob controle

Segundo Túlio Cerviño, CEO da Trackfy, o objetivo do Smart Worker é “trazer mais segurança e bem-estar ao trabalhador, transformando dados em decisões práticas”. Ele explica que os dispositivos vestíveis e sensores inteligentes permitem uma visão completa das operações, reduzindo acidentes e otimizando processos.

Estudos de mercado apontam que o setor global de soluções para Connected Worker deve ultrapassar 6 bilhões de dólares até 2030, com crescimento médio superior a 15% ao ano, segundo a MarketsandMarkets. No Brasil, entre 30% e 40% das indústrias já avançaram em digitalização e automação, o que impulsiona o uso dessas tecnologias no chão de fábrica.

A digitalização do último elo industrial

Cerviño lembra que a revolução digital da indústria começou ainda nos anos 1990, com a chegada dos sistemas CAD, como SolidWorks, Catia e PDMS, que substituíram os projetos feitos em prancheta. Em seguida, ferramentas como SAP e Oracle digitalizaram o planejamento e a gestão.

“O campo era a última parte que ainda não havia sido digitalizada. O Smart Worker vem justamente resolver isso – levar dados e inteligência para onde as coisas realmente acontecem: a linha de frente da operação”, explica.

Resultados expressivos no chão de fábrica

A Trackfy, pioneira na implementação do modelo no Brasil, já está presente nas maiores indústrias do país. Os resultados apontam redução de até 40% nos incidentes de segurança e ganhos de produtividade de 20% nas atividades de manutenção e operação.

Há casos em que as empresas reduziram em 50% o tempo de evacuação em emergências, encurtaram em 25% os cronogramas de projetos e até diminuíram em 1,5% os custos com seguro. O retorno sobre o investimento pode chegar a 50 vezes o valor aplicado, com aumento médio de 67% na produtividade.

Tecnologia a serviço da sustentabilidade e do ESG

Para Cerviño, investir em monitoramento inteligente é investir na sustentabilidade dos negócios. “A fábrica do futuro é aquela que protege vidas e cresce de forma sustentável. O Smart Worker é o elo final da digitalização industrial e conecta segurança, produtividade e propósito”, afirma.

Ele conclui que a adoção dessa tecnologia consolida uma nova etapa da indústria 4.0, em que eficiência e cuidado com as pessoas caminham lado a lado, unindo resultados operacionais e compromissos de ESG.

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