Do Micro Ao Macro

Inclusão LGBTQIA+ vai além do “Pink Money” e empresas precisam se adaptar

Junho, mês do orgulho LGBTQIA+, é um lembrete: quais empresas promovem diversidade e inclusão durante todo o ano e quais apenas se aproveitam da ocasião?

Inclusão LGBTQIA+ vai além do “Pink Money” e empresas precisam se adaptar
Inclusão LGBTQIA+ vai além do “Pink Money” e empresas precisam se adaptar
Treinamentos em diversidade e inclusão ajudam empresa a crescer
Apoie Siga-nos no

Nos últimos anos, as discussões sobre direitos humanos e inclusão têm se intensificado, colocando a população LGBTQIA+ em destaque nas pautas corporativas. Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para assegurar um ambiente de trabalho justo e acolhedor para essas pessoas.

A pesquisa “Demitindo Preconceitos 2.0” revelou que 65% dos profissionais LGBTQIA+ enfrentaram discriminação no trabalho. Esse número aumenta para 86% entre pessoas trans e 72% entre bissexuais, além de 28% que relataram assédio. Esses dados indicam que a discriminação é um problema sistêmico que requer ações concretas das empresas.

Lucas Paoli Itaborahy, ativista e fundador da Diversità Consultoria, atua para transformar essa realidade, promovendo o empoderamento socioeconômico de pessoas LGBTQIA+ através de palestras e workshops para empresas que desejam criar ambientes inclusivos.

“Mudar a cultura organizacional é um desafio, especialmente em um contexto de LGBTfobia. No entanto, é possível implementar políticas, ajustar a linguagem e proporcionar novos conhecimentos aos colaboradores.

Essas ações mostram o comprometimento dos gestores em criar um local de trabalho seguro para todos”, explica Lucas. “A discriminação varia desde preconceitos sutis até dificuldades em ascender na carreira e casos de assédio que afetam lésbicas, trans, gays e travestis”, acrescenta.

A pesquisa também revelou que apenas 16% da população LGBTQIA+ ocupa cargos de liderança, em comparação com 26% da população heteronormativa. Além disso, o “Dossiê Assassinatos e Violência Contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2020”, da ANTRA e IBTE, mostra que apenas 4% das mulheres trans estão em empregos formais com possibilidades de promoção, enquanto 90% das travestis e transexuais dependem da prostituição como principal fonte de renda.

“Há um ciclo vicioso onde essa população é marginalizada e excluída de empregos seguros, perpetuando a desigualdade. As organizações precisam se posicionar e ajudar a quebrar essa dinâmica”, enfatiza Lucas.

A empresa oferece oficinas, treinamentos e discussões sobre temas variados, incluindo letramento sobre questões LGBTQIA+, políticas corporativas de diversidade e inclusão, linguagem inclusiva no ambiente de trabalho, segurança psicológica para profissionais LGBTQIA+ e estratégias de geração de trabalho e renda para a comunidade LGBTQIA+.

Essas iniciativas ajudam a promover um ambiente de trabalho inclusivo e justo, onde todos possam desenvolver seu potencial e contribuir para a transformação social.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo