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Governança e cultura de governança: entenda as diferenças

Especialista explica como cada conceito impacta as empresas de maneira prática

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Com a atenção voltada para crises que levaram grandes empresas ao declínio, o debate sobre Governança Corporativa se intensificou nos últimos anos.

Nesse contexto, Claudinei Elias, Partner e CEO Global da Ambipar ESG, explica que, além da governança, é necessário observar a Cultura de Governança dentro das organizações.

Para Elias, Governança trata do sistema de gestão e dos processos de decisão de uma empresa.

Esse sistema estabelece estruturas formais para que os gestores respondam de forma transparente aos interesses dos stakeholders.

Contudo, a Cultura de Governança vai além dessa estrutura, envolvendo valores e atitudes que se espalham por toda a organização, moldando como as diretrizes são interpretadas e aplicadas pelos trabalhadores.

Impactos da cultura de governança

O especialista alerta que, ao possuir uma estrutura de Governança sem uma Cultura de Governança forte, a empresa pode enfrentar problemas como greenwashing, fraudes, má-gestão e perda de confiança dos investidores.

Ele argumenta que os trabalhadores, independentemente de sua função, devem conhecer e aplicar as normas de governança da empresa para evitar esses riscos.

Além disso, Elias destaca que uma Cultura de Governança consolidada torna o processo decisório mais estruturado e transparente. Isso, por sua vez, amplia a confiança dos investidores e aumenta o comprometimento da equipe com práticas responsáveis.

Para Elias, até os conflitos internos tendem a diminuir com uma cultura bem estabelecida. Ele aconselha que empresas de todos os tamanhos adotem práticas de Governança e Cultura de Governança, buscando a longevidade do negócio.

Implementação de governança e cultura de governança

Para implementar esses conceitos, o primeiro passo é identificar os riscos específicos aos quais a empresa está exposta.

Esses riscos podem ser financeiros, ambientais, industriais, comerciais, entre outros.

Elias sugere uma análise detalhada desses riscos, considerando a probabilidade de cada um ocorrer e seu impacto potencial. Assim, é possível classificar os mais críticos para a organização.

Após o levantamento, as lideranças devem desenvolver políticas internas e um código de conduta.

Em seguida, é importante comunicar esses regimentos a todos os funcionários e, se possível, treiná-los para que compreendam como agir em situações de risco.

Finalmente, Elias recomenda uma fiscalização contínua para garantir que as políticas e códigos de conduta sejam seguidos.

Ele também sugere revisões anuais dos riscos, considerando que o cenário global muda rapidamente e, com ele, os desafios enfrentados pela empresa.

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