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Falha na CrowdStrike: o que causou a crise global nos sistemas?

Especialistas apontam como um erro na ferramenta Falcon afetou sistemas em diversas indústrias, voos e bolsas de valores na última sexta-feira (19)

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Apagão Cibernético: o que houve por trás da falha do abalou sistemas no mundo inteiro?
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Na sexta-feira (19), usuários no X (antigo Twitter) começaram a compartilhar memes com a frase “Happy Blue Screen International Day”. Esse termo se refere à tela azul que aparece em dispositivos com o Windows quando há um erro crítico.

O problema surgiu devido a uma falha na ferramenta Falcon da CrowdStrike, utilizada pelo Azure, serviço de computação em nuvem da Microsoft. Isso afetou sistemas Windows ao redor do mundo, causando a famosa tela azul e desativando diversos serviços como hospitais, aeroportos e bancos.

Kaio Nascimento, CTO da Select Soluções, parceiros Advanced da AWS e consultoria em Cloud para startups na América Latina, comentou sobre o evento, afirmando que uma atualização na plataforma de segurança CrowdStrike gerou falhas em sistemas e resultou em interrupções significativas. Nascimento destacou a necessidade de coordenação cuidadosa em atualizações tecnológicas.

Embora a Microsoft tenha solucionado o problema, alguns serviços ainda enfrentam dificuldades.

Lucas Galvão, CEO da Open Cybersecurity, explicou que atualizações críticas devem ser bem planejadas e avaliadas, especialmente quando afetam indústrias essenciais.

Especialistas discutem o impacto do incidente e suas repercussões no mercado financeiro:

  1. Segurança deve continuar sendo priorizada: João Gino, CTO da Dialog, afirmou que apesar do apagão, não houve vazamento de dados, e a importância de investir em segurança não deve ser diminuída.
  2. Responsabilidade compartilhada: Tiago Arruda, Gerente de TI da Leste Telecom, apontou falhas tanto na CrowdStrike quanto na Microsoft. A atualização da CrowdStrike não foi amplamente testada, e a Microsoft falhou na verificação do update.
  3. Variação do impacto regional: Allan de Alcântara, da FrankFox Informática, observou que o impacto de incidentes cibernéticos pode diferir dependendo da infraestrutura tecnológica e das medidas preventivas locais.
  4. Queda nas ações das empresas tecnológicas: Marcello Marin, contador, administrador, mestre em Governança Corporativa e especialista em Recuperação Judicial, relatou que as ações da CrowdStrike caíram até 19%, enquanto as da Microsoft tiveram uma redução de quase 3%. Outras empresas de tecnologia também sofreram perdas significativas na Bolsa de Valores.

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