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Evolução das fraudes em 2026 preocupa especialistas: veja como se proteger

Fraudes digitais devem ganhar novas formascom deepfakes, clonagem de voz e ataques autônomos, ampliando riscos e exigindo novas estratégias

Evolução das fraudes em 2026 preocupa especialistas: veja como se proteger
Evolução das fraudes em 2026 preocupa especialistas: veja como se proteger
Criminosos visam empresas do Simples Nacional com fraudes digitais Criminosos visam empresas do Simples Nacional com golpes digitais
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A rápida expansão do mercado de prevenção de fraudes e o avanço da inteligência artificial elevam o nível de risco para empresas e usuários.

Segundo a Future Market Insights, o setor global de detecção de fraudes deve saltar de US$ 43,4 bilhões em 2025 para US$ 217,8 bilhões em 2035.

Esses números ajudam a dimensionar como as fraudes devem crescer em sofisticação em 2026.

Logo após essa tendência, a Nethone aponta mudanças no comportamento de criminosos digitais e destaca que ataques com deepfakes, clones de voz e robôs autônomos já estão presentes.

De acordo com Mateusz Chrobok, Head de Inteligência de Fraude da empresa, “as fraudes baseadas em IA generativa já não são uma ameaça futura: são realidades emergentes que exigem defesas à altura”.

Deepfakes avançam nas fraudes

A queda de custos para usar IA generativa permite que criminosos criem vídeos e áudios falsos para simular vozes de executivos, clientes ou familiares. Assim, golpes que envolvem aprovações de transações, negociações por telefone ou validações de identidade ganham nova escala em 2026.

Soluções de IA defensiva já identificam sinais de manipulação em poucos milissegundos. Além disso, biometria passiva e análise de inconsistências sonoras ajudam a impedir fraudes em processos sensíveis que dependem de interação humana.

Ataques autônomos ganham escala

Com a popularização de bots capazes de conduzir conversas completas, cresce o risco de golpes baseados em engenharia social. Esses robôs respondem às vítimas de maneira adaptativa, o que dificulta a distinção entre humanos e agentes automatizados.

Behavioral biometrics surge como barreira ao analisar microgestos e padrões que a IA ainda não reproduz com precisão. Essa tecnologia auxilia em processos de autenticação e reduz a superfície de ataque.

Risco de confiança se expande

A discussão sobre fraudes deixa de se limitar a sistemas transacionais. Agora, o ponto de ataque passa pela confiança digital. Interações que parecem reais podem ter sido geradas por IA, dificultando a verificação de autenticidade por empresas e usuários.

Com isso, validações contínuas de identidade e autenticação adaptativa tornam-se mais relevantes. Modelos de IA são treinados para identificar sinais discretos de falsificação, abrindo espaço para um novo tipo de defesa.

Criptomoedas ampliam o impacto das fraudes

No mercado cripto, no qual transações são irreversíveis e identidades podem ser anônimas, fraudes se ampliam com apoio de deepfakes e clones de voz. Esses recursos podem distorcer decisões de investimento ou enganar usuários durante operações em exchanges.

Por isso, IA defensiva combinada com análise comportamental e biometria passiva começa a se tornar padrão no setor. A estratégia busca melhorar a rastreabilidade e reduzir a exposição ao risco.

Nethone reforça resposta para fraudes

Segundo a Nethone, medidas tradicionais já não acompanham a complexidade das fraudes atuais. A companhia destaca que soluções baseadas em IA defensiva e autenticação contínua devem ser tratadas como infraestrutura de segurança para 2026. Ao citar esse movimento, Mateusz Chrobok afirma que a segurança digital passa a depender de mecanismos capazes de detectar fraudes em tempo real.

Ao longo desse processo, a empresa defende colaboração entre plataformas, uso de inteligência antifraude setorial e monitoramento constante de comportamento para reduzir ataques em ambientes digitais. O tema fraudes segue como um dos principais desafios para organizações que lidam com identidades digitais, pagamentos, criptomoedas e serviços online.

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