Do Micro Ao Macro
Empatia e automação: pessoas no centro das inovações tecnológicas
Como integrar a tecnologia com uma abordagem centrada nas pessoas, garantindo que a automação atenda às necessidades reais dos usuários


No desenvolvimento de projetos tecnológicos, o foco não deve ser apenas na digitalização ou automação dos serviços, mas também na empatia com aqueles que serão impactados por essas inovações.
“Nem sempre o que consideramos óbvio é claro para os outros”, ressaltou Eduardo Freire, CEO e estrategista de inovação corporativa da FWK Innovation Design.
Compreender essa diferença é essencial para alcançar os resultados desejados.
Em 2023, a pesquisa Life Trends 2024, da Accenture, indicou que 77% das pessoas entendem a tecnologia, especialmente a inteligência artificial.
Já um estudo da Euromonitor apontou que mais de 60% dos consumidores preferem produtos e serviços que trazem impactos positivos para o meio ambiente, refletindo a prática ESG.
Empatia na automação
Ao automatizar processos, é importante garantir que eles sejam claros e acessíveis para quem os utilizará.
Freire enfatiza que a empatia vai além de perceber se alguém está bem ou mal; envolve entender as nuances das experiências individuais.
Ele convida à reflexão: “Você já percebeu que os conflitos organizacionais ocorrem quando esquecemos os princípios básicos da empatia?”
A importância da colaboração multidisciplinar
No ambiente corporativo, a colaboração entre diferentes áreas é fundamental. Freire observa que a responsabilidade pelo sucesso de um projeto não é individual, mas coletiva.
Todos devem contribuir, ultrapassando as barreiras de suas funções.
Foco nos stakeholders e inclusão desde o início
Em um contexto onde empatia e automação são prioridades, é importante incluir as pessoas desde o princípio nos projetos.
Freire alerta para erros comuns, como ignorar as necessidades dos usuários, focar apenas na tecnologia e não aprender com falhas passadas. Ele questiona: “Isso vai funcionar para o usuário final?”
Praticando a empatia na empresa
Para ser uma empresa empática, é preciso entender e atender às necessidades dos clientes, reconhecendo a humanidade compartilhada.
Freire cita o professor do MIT, Otto Scharmer, que sugere silenciar três vozes prejudiciais: julgamento, cinismo e medo. Isso permite uma compreensão melhor dos outros, evitando arrogância e agindo com coragem e sinceridade.
Evolução, simplicidade e adaptação às diferenças
Freire sugere que a evolução constante, a simplicidade e a adaptação às diferenças dentro da equipe são atitudes que fortalecem o respeito mútuo e criam um ambiente de trabalho seguro e produtivo.
Essas práticas são vistas como formas de garantir segurança psicológica e solidificar as conexões genuínas no dia a dia.
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