Do Micro Ao Macro

Ele vendia camarão no semáforo e hoje fatura R$ 250 milhões com suplementos

Devendo na praça, Robson Galvão iniciou seu negócio em 2018 com R$ 5 mil do limite do cartão de crédito do pai

Robson Galvão, fundador da Gummy Hair
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Aos 14 anos, Robson Galvão viu seu pai vir à falência e as severas dificuldades financeiras que se seguiram. Para contribuir, trabalhou como estoquista em um supermercado e vendia camarões frescos nos semáforos A seu pedido, foi emancipado aos 16 anos.

Aos 21 anos, despertou para o empreendedorismo e começou a revender vitaminas e suplementos alimentares pela internet, buscou orientação e mentoria no Sebrae para aprimorar seu negócio.

Durante sua jornada como revendedor, Galvão se deparou com a entrada de um gigante no mercado, a Netshoes. A vasta experiência em distribuição e os preços baixos praticados pela concorrente levaram ao fracasso de sua primeira tentativa de empreender.

Após essa derrota, ele decidiu arriscar novamente e investir em uma marca própria no mesmo segmento, ssem ter certeza do que o futuro reservaria. Em 2018, aos 26 anos, enfrentando empréstimos vencidos e acumulando prejuízos, ele usou 5 mil reais do limite do cartão de crédito do pai para criar a Gummy Hair. A empresa, especializada em suplementos em forma de gomas mastigáveis, foi iniciada na garagem de um imóvel emprestado.

Nesse período desafiador, Galvão desenvolveu sozinho seu primeiro produto: um suplemento feminino para tratamento capilar. Para promovê-lo, decidiu apostar no emergente mercado de influenciadoras digitais no Brasil. Investindo 3 mil reais em um único cachê, essa estratégia – sua última tentativa de salvar o negócio – provou ser um sucesso retumbante. Com apenas uma divulgação, a influenciadora conseguiu vender 120 mil reais.

Impulsionado pelo sucesso inicial, Robson Galvão continuou a expandir sua empresa, inspirado pelo mercado americano. Observando a ausência de gomas vitamínicas no Brasil e motivado pelo sucesso do Sugarbear, um produto promovido pelas irmãs Kardashian, ele decidiu criar uma fórmula própria de suplemento capilar mastigável. Rodou o país até encontrar uma fábrica capaz de produzir o suplemento no formato desejado. As gominhas, vendidas em formato de coração, são feitas com pectina, uma fibra solúvel encontrada em frutas e verduras.

A empresa que Robson Galvão começou sozinho rapidamente cresceu, passando de apenas sete funcionários para uma equipe de 150 pessoas hoje. Nos últimos três anos, faturou mais de 250 milhões. Durante esse tempo, mais de 50 milhões de reais foram investidos em marketing com influenciadores, e o suplemento para cabelo continua sendo o produto mais vendido da marca. Atualmente, a linha se expandiu para incluir 18 produtos diferentes, como colágeno, vinagre de maçã e várias vitaminas, todos no formato de gomas mastigáveis.

Futuro

Agora, Robson Galvão se prepara para expandir a Gummy Hair. A meta é aumentar o portfólio para 40 produtos ainda este ano e alcançar 100 itens em estoque até 2025 A expectativa é de que a empresa passe a valer R$ 1 bilhão em 2025. Para isso, planeja gerar 150 milhões de reais em vendas de todos os produtos em 2024. “Nós queremos ser a marca mais desejada quando uma mulher pensa em produtos de saúde e beleza no varejo”, afirma o empresário.

Outras frentes

Com o sucesso da parceria com influenciadoras, Galvão passou a atuar em outras frentes. Ele comanda também o Influence Brazil – um eventual anual focado em empreendedores, com palestras, workshops e imersões sobre estratégias digitais para alavancar os negócios, comandados por CEOs e empresários.

A ideia é promover uma conexão entre os donos de marcas próprias de sucesso e quem busca o caminho para um negócio lucrativo, principalmente pensando em marketing de influência. A primeira edição do evento ocorreu em fevereiro de 2024, atraindo 4 mil participantes e mais de 700 influenciadores.

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