Do Micro Ao Macro

Desemprego recua ao menor nível em 13 anos e pequenos negócios puxam geração de vagas

Com alta na renda e queda na informalidade, país soma 635 mil contratações em micro e pequenas empresas só em 2025

Desemprego recua ao menor nível em 13 anos e pequenos negócios puxam geração de vagas
Desemprego recua ao menor nível em 13 anos e pequenos negócios puxam geração de vagas
Pequenas empresas lideram criação de empregos em março de 2025, destaca Sebrae
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A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,8% no segundo trimestre de 2025. Trata-se do menor índice desde o início da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo IBGE e refletem uma melhora significativa no mercado de trabalho.

Entre abril e junho, o número de pessoas desocupadas caiu para 6,3 milhões. A redução foi de 17,4% em relação ao trimestre anterior e de 15,4% na comparação com o mesmo período de 2024.

Pequenos negócios lideram as contratações

As micro e pequenas empresas responderam por mais de 60% das novas contratações com carteira assinada no ano. Até junho, o setor já havia gerado 635,7 mil vagas formais. Esse desempenho reforça a importância econômica das empresas de menor porte, que representam 26,5% do PIB nacional.

Segundo Décio Lima, presidente do Sebrae, o crescimento do emprego é resultado direto do esforço de quem empreende com pouca estrutura, mas muita persistência. “São pessoas que enfrentam um sistema que não foi feito para elas e ainda assim fazem o Brasil crescer”, afirmou.

Força de trabalho atinge recorde

O levantamento também identificou aumento na taxa de participação da força de trabalho, que chegou a 62,4%. O total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado alcançou 39 milhões, refletindo a ampliação das vagas formais no país.

Décio Lima associou os resultados à retomada da política de inclusão produtiva e à distribuição de renda. “Mais do que números, esses dados mostram oportunidade e dignidade para milhões de brasileiros”, disse.

Renda sobe e informalidade recua

O rendimento médio mensal habitual no segundo trimestre foi de R$ 3.477, com alta de 1,1% em relação ao primeiro trimestre e de 3,3% na comparação anual. A massa de rendimento real chegou a R$ 351,2 bilhões, avanço de 2,9%.

Já a taxa de informalidade caiu para 37,8%, inferior à registrada nos dois períodos anteriores. Atualmente, o Brasil contabiliza 38,7 milhões de trabalhadores informais.

Abertura de empresas mantém ritmo acelerado

O desempenho do mercado de trabalho acompanha o movimento de abertura de empresas. Somente no primeiro semestre, foram abertos 2,6 milhões de novos CNPJs, segundo levantamento do Sebrae com base em dados da Receita Federal.

A formalização crescente e a melhora da renda mostram que, apesar dos desafios, o ambiente de negócios se mantém em expansão. Os pequenos empreendimentos seguem como força motriz para o emprego e a inclusão produtiva no país.

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