Do Micro Ao Macro
Desemprego atinge menor nível histórico no 1º trimestre e reforça peso das micro e pequenas empresas
Segundo o Sebrae, 1,3 milhão dos empregos gerados em 2024 vieram de pequenos negócios, que lideram a inclusão econômica no país


Taxa de desocupação chega a 7% no Brasil
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7% no primeiro trimestre de 2025.
Este é o menor índice já registrado para o período desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012.
O dado foi divulgado pelo IBGE com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Além disso, o rendimento médio das pessoas ocupadas alcançou R$ 3.410.
Houve alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 4% na comparação com o mesmo período de 2024.
Setores públicos e rurais puxam aumento de renda
Na análise por setor, o levantamento mostra elevação nos rendimentos da agricultura e do funcionalismo público.
Entre janeiro e março de 2025, o aumento no setor agropecuário foi de 4,1% (ou R$ 85 a mais).
Já em áreas como educação, saúde, defesa e administração pública, o avanço foi de 3,2% (R$ 145 a mais).
Pequenos negócios lideram geração de emprego
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os dados indicam o aquecimento da economia e o impacto direto dos pequenos negócios.
Segundo ele, dos 1,7 milhão de empregos criados em 2024, aproximadamente 1,3 milhão vieram das micro e pequenas empresas.
De acordo com Décio, isso demonstra a capacidade desse segmento de reagir às necessidades sociais do país.
“O sistema não foi feito para os pequenos, foi feito para acumular riqueza. Por isso esse setor deve ser protegido”, afirmou.
Criação de empresas bate recorde em 2024
No ano passado, o Brasil ficou em quarto lugar no ranking global de abertura de micro e pequenas empresas.
Ao todo, foram 4,1 milhões de novas MPE registradas em 2024.
Para o Sebrae, esse movimento não representa apenas empregos, mas também geração de renda e inclusão econômica.
“Isso resolve problemas estruturais do país, como exclusão e fome, que não podem mais ser tolerados”, concluiu Décio Lima.
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