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Delivery em alta: veja 5 dicas para empreender com eficiência no modelo de dark kitchen

Formato sem salão ganha força no Brasil e exige atenção à logística, identidade de marca e planejamento financeiro

Delivery em alta: veja 5 dicas para empreender com eficiência no modelo de dark kitchen
Delivery em alta: veja 5 dicas para empreender com eficiência no modelo de dark kitchen
Foto: Elaine Steola
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A popularização dos aplicativos de entrega e a busca por conveniência têm transformado o setor de alimentação no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), mais de 80% dos estabelecimentos do setor já operam com delivery no país. O dado acompanha uma tendência global: de acordo com a Statista, o mercado de entrega de alimentos deve ultrapassar 466 bilhões de dólares até 2027.

O modelo de dark kitchen — cozinhas voltadas exclusivamente para entrega, sem atendimento presencial — tem ganhado espaço como uma alternativa eficiente e de menor custo para quem deseja empreender no food service. Mas, apesar das vantagens, o formato exige planejamento, processos bem definidos e atenção ao comportamento do consumidor.

Fernando Andrade, sócio-fundador e diretor comercial do Grupo Harõ — holding de franquias como Harõ Sushi, Hapoke, The Roll, Redwok, Mango Salad e Tio Parma — destaca que excelência operacional e experiência digital são elementos decisivos no sucesso desse tipo de negócio. A seguir, ele lista cinco recomendações para quem deseja iniciar uma operação nesse modelo.

1. Localização ainda importa, mesmo sem salão

Estar próximo a regiões com alta concentração de moradores ou escritórios melhora o raio de entrega e reduz o tempo de deslocamento. Isso impacta diretamente na qualidade do serviço e na satisfação do cliente.

2. Trabalhe com mais de uma marca no mesmo espaço

Combinar marcas diferentes, mas com cardápios complementares, ajuda a atingir públicos diversos, otimizar insumos e aumentar o ticket médio. O formato multimarcas também eleva a eficiência operacional e o aproveitamento da cozinha.

3. Priorize tecnologia e padronização

Ferramentas de gestão, aplicativos próprios e processos consistentes ajudam a reduzir erros e manter a qualidade em todas as etapas. No delivery, a experiência começa na interface digital e termina na embalagem.

4. Invista em imagem, identidade e embalagem

A apresentação do produto é decisiva no ambiente digital. Boas fotos, identidade visual clara e embalagens funcionais ajudam a gerar desejo, aumentar a taxa de conversão e reforçar a percepção de valor da marca.

5. Planeje o caixa com base na recorrência e nas datas sazonais

O fluxo financeiro em operações de delivery depende da constância nos pedidos e da antecipação de períodos estratégicos, como datas comemorativas e promoções. É necessário mapear essas variações para manter equilíbrio de caixa e rentabilidade.

Modelo testado e em expansão

Com operação em 15 estados e investimento inicial a partir de R$ 217 mil, o Grupo Harõ oferece um modelo de dark kitchen que reúne seis marcas em uma única estrutura. A rede aposta em portfólio complementar, tecnologia própria e fornecedores homologados para otimizar a experiência dos franqueados e manter padronização nas entregas.

“Mais do que uma cozinha, é uma operação voltada para conveniência e experiência. O modelo multimarcas permite crescer com eficiência e acompanhar a evolução do comportamento de consumo”, afirma Fernando Andrade.

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