Do Micro Ao Macro
Como Retail Media transforma a Black Friday em resultados reais
Levantamento indica que o Retail Media elevou tráfego e conversão, com salto de até 405% em categorias estratégicas do varejo no fim do ano
O avanço do Retail Media confirma a importância da publicidade baseada em dados para ampliar vendas em períodos de alta demanda. Um relatório da Coresight Research projeta movimentação global de US$ 179,5 bilhões em 2025, com crescimento anual de 15,4%. No varejo brasileiro, os resultados recentes da Unlimitail mostram que essa estratégia ganhou peso durante a Black Friday.
Retail Media acelera compras
De acordo com Rodrigo Pimentel, CRO da Unlimitail, joint venture do Grupo Carrefour com o Grupo Publicis, a Black Friday se tornou uma fase em que tráfego qualificado e disputa por atenção definem a performance. Ele afirma que o Retail Media conecta a jornada de compra à oferta das marcas, elevando eficiência e retorno.
Dados internos da companhia indicam que as lojas físicas registraram aumento médio superior a 60% no volume de pedidos nas semanas anteriores ao evento, comparado à própria semana da Black Friday. No ambiente digital, a receita do e-commerce cresceu 3% frente ao período pré-sazonalidade.
Uso de dados
Pimentel destaca que a data concentra grande volume de informações de comportamento, originadas do first-party data. O desafio, segundo ele, é transformar esses registros em campanhas segmentadas que alcancem o consumidor no momento de decisão.
O movimento de antecipação também ocorreu no fim do ano, com avanço de 114% na receita do e-commerce no período pré-Natal e Ano-Novo. Entre as categorias com maior desempenho no Grupo Carrefour — Atacadão, Sam’s Club e Carrefour — os resultados foram: +405% em artigos de viagens, +218% em pneus, +114% em soundbars e +69% em TVs.
Retorno para marcas
Segundo Pimentel, a mensuração no Retail Media oferece visibilidade mais direta sobre retorno de investimento e incremento de vendas. Ele afirma que as marcas podem utilizar seus próprios canais como plataformas de comunicação, ampliando conversão e fortalecendo o relacionamento com o consumidor em um mercado competitivo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



