Do Micro Ao Macro
Como organizações sociais formam líderes e empreendedores
Movimentos como Rotaract, JCI, Endeavor e escotismo estimulam autonomia, cidadania e mentalidade empreendedora entre jovens


Organizações sociais ganharam destaque como ambientes de formação de líderes e empreendedores. Rotaract, JCI, Endeavor e escotismo são exemplos de grupos que desenvolvem jovens em várias partes do mundo.
Mais do que espaços de convivência, essas iniciativas atuam como escolas de cidadania, empreendedorismo e networking, combinando teoria e prática em projetos coletivos.
Práticas do Rotaract e escotismo
O Rotaract, ligado ao Rotary International, reúne jovens adultos em projetos de impacto social. As atividades voluntárias estimulam gestão, liderança e trabalho em equipe.
O escotismo, presente em mais de 170 países, adota metodologia baseada em desafios e responsabilidades. Crianças e adolescentes aprendem disciplina, autonomia e cooperação desde cedo.
Desenvolvimento de competências
Especialistas em educação e gestão destacam que a participação em grupos sociais estimula competências ligadas ao empreendedorismo, como resiliência e criatividade. Além disso, os vínculos criados em projetos coletivos fortalecem carreiras e negócios.
Segundo o especialista em gestão do terceiro setor, Ewerson Steigleder, esses espaços funcionam como “laboratórios de liderança”. Ele avalia que os jovens aprendem a tomar decisões, trabalhar em equipe e resolver problemas reais.
Papel das instituições globais
Na visão de Steigleder, iniciativas como a JCI, a Endeavor e a Junior Achievement têm papel estratégico na formação de empreendedores. Esses programas incentivam projetos comunitários com impacto mensurável, conectam talentos a redes globais de mentores e aproximam jovens do mercado.
“Participar de iniciativas que unem propósito social e desenvolvimento pessoal cria uma bagagem única. Os jovens aprendem a assumir responsabilidades e percebem que o impacto coletivo pode ser tão ou mais valioso que o individual”, conclui Steigleder.
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