Do Micro Ao Macro

Comer fora de casa está mais caro em São Paulo, diz Procon

Estudo mostra aumento nas refeições fora de casa e diferenças entre os tipos de cobrança em restaurantes da cidade

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O Procon-SP, em parceria com o Dieese, realizou uma pesquisa que identificou aumentos nos preços médios das refeições em São Paulo. Entre junho e outubro de 2024, o valor do self-service por quilo subiu 2,79%, passando de R$ 80,88 para R$ 83,14.

Desde o início da série histórica, em janeiro de 2020, o preço acumulou alta de 48,57%. Naquele momento, o valor médio era de R$ 55,96. Além disso, na comparação entre outubro de 2023 e outubro de 2024, o crescimento foi de 8,55%. No ano passado, o preço médio registrado foi de R$ 76,59.

Preços médios de refeições por tipo

O levantamento incluiu 350 restaurantes distribuídos nas zonas Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro da cidade. Foram analisados quatro tipos de refeições: self-service por quilo, self-service com preço fixo, prato do dia e prato executivo de frango.

O preço médio do self-service por quilo foi de R$ 78,50. Já o self-service com preço fixo apresentou valor médio de R$ 47,34. O prato do dia ou prato feito custou, em média, R$ 33,49. Enquanto isso, o prato executivo de frango teve preço médio de R$ 39,33.

Entre outubro de 2023 e outubro de 2024, o prato do dia sofreu um aumento de 11,3%. Esse percentual é superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período, que ficou em 4,73%. Além disso, entre junho e outubro de 2024, o preço médio do prato do dia subiu 4,3%.

Coleta de dados e mudanças no setor

A pesquisa tem sido realizada desde janeiro de 2020 com o objetivo de monitorar os preços e auxiliar os consumidores no planejamento financeiro. A cada edição, os restaurantes avaliados podem ser substituídos caso encerrem suas atividades ou alterem suas formas de comercialização.

Além disso, as amostras são representativas para as cinco regiões da cidade. A coleta dos preços foi feita por telefone, mantendo a metodologia consistente ao longo dos anos.

O setor também passou por mudanças importantes, especialmente devido à pandemia de Covid-19. Essas transformações influenciaram os preços e a forma como os restaurantes operam.

Regras para os consumidores

Em relação às refeições por quilo, o Procon-SP destaca que os estabelecimentos devem informar o preço total e não apenas o valor equivalente a 100g. É obrigatório também divulgar o valor da tara (peso do prato) e garantir que o preço mostrado na balança corresponda ao anunciado.

No caso de vale-refeição, os locais que aceitam o benefício não podem impor condições. Não é permitido limitar seu uso a valores mínimos de consumo, nem restringir o uso a determinados dias ou horários.

Taxas e cobranças adicionais

Sobre taxas de gorjetas, o Procon-SP reforça que elas são opcionais. Os estabelecimentos devem informar claramente que o pagamento é voluntário.

Além disso, taxas de serviço só podem ser cobradas quando há uma prestação efetiva de serviço adicional. Por fim, cobranças de taxa de desperdício, referentes a sobras de alimentos no prato, não são permitidas.

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