Do Micro Ao Macro

Com juros altos, demanda por crédito no Brasil recuou 7% em 2024

No entanto, o quarto trimestre registrou crescimento, trazendo otimismo para as operadoras de crédito em 2025

Com juros altos, demanda por crédito no Brasil recuou 7% em 2024
Com juros altos, demanda por crédito no Brasil recuou 7% em 2024
Demanda por crédito no Brasil registra queda de 18% no primeiro semestre de 2024
Apoie Siga-nos no

A demanda por crédito no Brasil caiu 7% em 2024, segundo o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). O indicador mede mensalmente as solicitações de financiamentos em setores como varejo, bancos e serviços. Apesar da queda geral, o último trimestre de 2024 apresentou crescimento, gerando expectativas positivas para o ano atual.

De acordo com Natália Heimann, líder da Business Unit de Dados & Analytics para Crédito da Neurotech, o cenário econômico de 2024 foi desafiador. “As altas taxas de juros impactaram o consumo. No entanto, o último trimestre mostrou recuperação acima de 10% em todos os meses, o que anima as operadoras de crédito para 2025”, afirma.

Crescimento no último trimestre

Em dezembro de 2024, a demanda por crédito cresceu 18% em comparação com o mesmo mês de 2023. Foi o maior avanço registrado nos últimos anos. Em relação a novembro, o aumento foi de 6%.

O setor de Serviços foi o destaque positivo do ano, com crescimento de 30% no acumulado. Em dezembro, o avanço foi de 42% frente ao mesmo período de 2023. Já os segmentos de Bancos/financeiras e Varejo recuaram 3% e 20%, respectivamente.

Impacto do varejo no índice

O Varejo, que inclui categorias como supermercados e vestuário, tem peso significativo no INDC. A queda de 20% no setor influenciou o recuo geral de 7% no índice. “Apesar do bom desempenho dos Serviços, a retração do Varejo puxou o resultado para baixo”, explica Natália.

A especialista acredita que uma recuperação do Varejo em 2025 pode transformar o ano em um marco para o crédito no país. “Com a consolidação do crescimento nos Serviços e uma possível melhora no Varejo, as perspectivas são promissoras”, conclui.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo