Do Micro Ao Macro
Cinco motivos que levam empresas a trocar cestas por cartões de benefícios
Cartões de benefícios ganham espaço no fim de ano ao reduzir custos, simplificar a operação do RH e ampliar a liberdade de escolha dos funcionários
A substituição das tradicionais cestas de Natal por cartões de benefícios vem ganhando espaço nas empresas brasileiras. A mudança acompanha a digitalização dos processos internos e a busca por soluções mais eficientes no encerramento do ano, período marcado por alta demanda operacional nos departamentos de Recursos Humanos.
Dados da Viasoft Pay mostram que, entre 2023 e 2024, a procura por esse tipo de benefício cresceu 30% em valor e 21% em número de usuários. Um estudo com empresas de pequeno, médio e grande porte indica ainda que 93% dos trabalhadores preferem receber um bônus ou crédito flexível em vez da cesta física de fim de ano.
Para Alexandre Worliczeck Neto, CEO da Viasoft Pay, os cartões de benefícios respondem a uma mudança clara de expectativa. Segundo ele, as empresas passaram a buscar formatos que reduzam custos operacionais e ofereçam mais autonomia aos funcionários, sem ampliar a complexidade da gestão interna.
Liberdade de uso impulsiona cartões de benefícios
Os cartões de benefícios permitem que o valor concedido seja utilizado em uma ampla rede de estabelecimentos, como supermercados, restaurantes, farmácias e plataformas online. O crédito pode ser direcionado conforme a preferência de cada funcionário, seja para compras da ceia, presentes ou outras despesas pessoais.
Esse modelo elimina etapas como recebimento, armazenamento e distribuição de produtos físicos. Além disso, reduz o risco de desperdício, comum em cestas padronizadas que nem sempre atendem às preferências individuais.
RH reduz esforço com cartões de benefícios
Para os departamentos de Recursos Humanos, os cartões de benefícios simplificam a rotina em um dos períodos mais intensos do ano. Sem a necessidade de lidar com logística, transporte ou refrigeração de itens, o processo se torna mais previsível e controlado.
A gestão passa a se concentrar no carregamento dos valores de forma digital, evitando atrasos, extravios e perdas de produtos. Segundo a Viasoft Pay, esse ganho operacional tem sido um dos principais fatores para a adoção do modelo.
Menos custos e menos desperdício
O uso de cartões de benefícios elimina despesas associadas à compra em grande escala, ao transporte e ao armazenamento de cestas físicas. O valor concedido é utilizado integralmente pelo funcionário, sem sobras ou descarte de itens.
Há também impacto ambiental, já que o modelo reduz o uso de embalagens e a geração de resíduos comuns nas cestas tradicionais.
Experiência do funcionário pesa na decisão
Empresas que adotaram cartões de benefícios relatam aumento na satisfação interna. O benefício deixa de ser simbólico e passa a ter utilidade direta, ajustada às necessidades de cada pessoa.
Esse formato tende a ser percebido como reconhecimento mais alinhado às expectativas atuais, reforçando o vínculo entre empresa e funcionários no encerramento do ano.
Sustentabilidade reforça cartões de benefícios
A digitalização do benefício se conecta às políticas corporativas ligadas a práticas ESG. Ao reduzir resíduos, transporte e desperdício, os cartões de benefícios se alinham a estratégias de sustentabilidade já adotadas por muitas organizações.
Além disso, a escolha por soluções digitais contribui para a imagem da empresa como marca empregadora atualizada, atenta à eficiência e às preferências dos trabalhadores.
Casos reforçam adoção de cartões de benefícios
A Cresol, instituição financeira cooperativa com atuação em 19 estados e mais de 11 mil funcionários, adotou o modelo há mais de cinco anos. Segundo a área de Gente e Gestão, a mudança trouxe maior adesão interna e simplificação do processo de fim de ano.
De acordo com a diretoria da cooperativa, o benefício passou a integrar a cultura interna e é aguardado pelos funcionários como parte do calendário anual, sem intenção de retorno ao formato anterior.
A adoção dos cartões de benefícios reflete um movimento mais amplo no mercado corporativo, no qual reconhecimento, eficiência operacional e liberdade de escolha passam a orientar decisões que antes eram guiadas apenas pela tradição.
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