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Cinco lições do Japão que podem transformar a gestão das empresas brasileiras

Em meio aos 130 anos de amizade entre Brasil e Japão, missão empresarial destaca aprendizados práticos de gestão e disciplina

Cinco lições do Japão que podem transformar a gestão das empresas brasileiras
Cinco lições do Japão que podem transformar a gestão das empresas brasileiras
Brasil e Japão. Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Brasil e Japão celebram, em 2025, 130 anos de relações diplomáticas, reforçando laços históricos, culturais e econômicos. Desde o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, assinado em 1895, até a chegada do navio Kasato Maru em 1908, essa parceria evoluiu e hoje o Brasil abriga a maior comunidade japonesa fora do Japão, com cerca de 2 milhões de descendentes. A relação entre os dois países se estende à tecnologia, à agricultura, à educação e aos negócios, e segue se fortalecendo por meio de parcerias em inovação e sustentabilidade.

Nesse contexto, a consultoria Seja AP, especializada em evolução empresarial, realizou uma missão ao Japão para aproximar empresários brasileiros das práticas de gestão que sustentam o desempenho das empresas japonesas. Liderado por Marcos Freitas, fundador da Seja AP e criador do método Empresas de Alta Performance, o grupo visitou companhias como Panasonic e Toyota, além de centros de tecnologia e inovação em Osaka, Ginza e Odaiba.

Os aprendizados serão compartilhados na aula gratuita “Missão Japão”, marcada para o dia 20 de outubro, às 19h, no YouTube. No encontro, Freitas apresentará os principais conceitos do modelo japonês de gestão e como adaptá-los à realidade das empresas brasileiras.

Segundo o consultor, empreender é um processo de aprimoramento contínuo. “O empresário da vida real precisa parar de ser herói e começar a ser arquiteto. Arquiteto de empresas sólidas, lucrativas e livres”, resume.

Com base na experiência no Japão, ele destaca cinco ensinamentos que podem inspirar empresários brasileiros a repensar seus negócios.

1. Transforme disciplina em liberdade
No Japão, o improviso é visto como um risco. O diferencial está em planejar e seguir processos que garantem a continuidade do negócio, independentemente da presença do dono. “Gestão prática não engessa, liberta. O empresário que estrutura seus processos e treina pessoas ganha tempo e tranquilidade para pensar no futuro e não apenas apagar incêndios”, explica Freitas.

2. Fortaleça a cultura da empresa diariamente
Nas empresas japonesas, cultura organizacional é prática, não discurso. Cada funcionário entende o impacto do próprio trabalho no coletivo. “Cultura é o coração do negócio. Sem ela, qualquer crescimento é frágil. É a cultura que garante que a equipe siga unida e produtiva, mesmo em tempos de crise”, afirma.

3. Simplifique para crescer
A simplicidade é um traço marcante da gestão japonesa. Processos claros e foco na eliminação de desperdícios criam eficiência. “Se algo não é simples de explicar, não será simples de escalar. As empresas mais sólidas que vi por lá dominavam o básico com excelência. O simples bem-feito é o que dá consistência ao crescimento”, reforça o consultor.

4. Faça da disciplina o motor da inovação
No Japão, disciplina e inovação caminham juntas. O rigor na execução dos processos abre espaço para testar, melhorar e criar. “A inovação japonesa não nasce de ideias soltas, mas de consistência em fazer o certo todos os dias. É isso que dá base para inovar de forma contínua”, aponta Freitas.

5. Encare liberdade como verdadeiro sucesso
Para os japoneses, prosperidade está no equilíbrio entre resultado, propósito e legado. “De nada adianta uma empresa crescer se o dono está aprisionado à operação. A verdadeira evolução empresarial acontece quando o gestor conquista liberdade para pensar, escolher e viver melhor, sem perder o propósito do que construiu”, diz o fundador da Seja AP.

A aula “Missão Japão” integra a agenda de eventos da consultoria voltados a conectar empresários brasileiros às melhores práticas globais de gestão. A proposta é mostrar que resultados sustentáveis podem ser alcançados com método, cultura organizacional sólida e qualidade de vida no trabalho.

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