Do Micro Ao Macro
Cinco dicas para melhorar as vendas no e-commerce com acessibilidade
População com deficiência movimenta trilhões globalmente; ajustes simples podem melhorar a inclusão e aumentar o alcance do negócio


No Brasil, mais de 18 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência. Esses dados são do IBGE e do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.
Em escala global, esse público tem uma renda disponível de US$ 8 trilhões, conforme levantamento da Accenture.
“Sites acessíveis abrem as portas das empresas para um público mais amplo”, afirma Ronaldo Tenório, CEO da Hand Talk. Ele também ressalta que a inclusão digital pode gerar retorno financeiro significativo.
Além disso, Tenório destaca que uma experiência de compra acessível fortalece a imagem da marca. Isso demonstra compromisso com a equidade.
Barreiras ainda limitam a inclusão
Por outro lado, muitas barreiras de acessibilidade ainda estão presentes em e-commerces.
Segundo Tenório, problemas comuns incluem descrições inadequadas de produtos, links não clicáveis e falta de acessibilidade em vídeos.
“Esses desafios podem ser superados com ajustes simples e utilizando recursos já disponíveis na plataforma”, explica ele.
Cinco ações para tornar o e-commerce acessível
-
Garanta compatibilidade com leitores de tela
Inclua descrições detalhadas de produtos, títulos explicativos e uma estrutura de navegação clara. -
Facilite a navegação
Adote um design responsivo e menus simples. Isso melhora a interação, especialmente em dispositivos móveis. -
Forneça opções de contraste
Certifique-se de que o texto e os elementos visuais tenham contraste suficiente para facilitar a leitura. -
Ofereça múltiplas formas de interação
Permita que os usuários naveguem usando teclado, touchscreen ou outros dispositivos, aumentando a taxa de permanência no site. -
Realize testes regulares
Teste a usabilidade do site com pessoas com diferentes deficiências. Ferramentas como o Google Lighthouse ajudam a verificar a acessibilidade.
Empresas focam mais na inclusão interna
De acordo com o Panorama de Acessibilidade Digital da Hand Talk, 30% das empresas priorizam a inclusão de funcionários. Em contraste, apenas 18% consideram a inclusão dos consumidores.
Tenório alerta que é necessário equilibrar iniciativas internas e externas. Ele afirma: “Investir na inclusão de funcionários é importante, mas as empresas também precisam atender ao mercado consumidor que busca acessibilidade.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.