No período da pandemia, muitas empresas recorreram a soluções improvisadas para manter a comunicação interna, como múltiplos canais desconectados e ausência de padrão. Mesmo com o avanço do trabalho remoto, esses problemas ainda afetam o dia a dia corporativo.
Leandro Oliveira, diretor da Humand no Brasil, afirma que a comunicação interna deve ir além do volume de mensagens, priorizando alinhamento, clareza e conexão com a cultura organizacional. Segundo ele, práticas desorganizadas, como excesso de e-mails e grupos não integrados, geram ruídos e reduzem a conexão entre pessoas e objetivos.
Centralizar canais e informações
A primeira recomendação é adotar uma única plataforma para concentrar comunicados, chats, gestão de tarefas e arquivos. Isso reduz retrabalho, evita desencontros e acelera decisões, criando uma “fonte única” de informações para todos.
Garantir transparência e interação
Comunicar não é apenas informar. Oliveira sugere criar canais de mão dupla, como fóruns, enquetes e sessões abertas com a liderança, para aumentar o engajamento. A transparência, acompanhada de contexto, aproxima os funcionários da estratégia corporativa.
Investir em ferramentas colaborativas
Equipes distribuídas se beneficiam de recursos como quadros de tarefas, grupos de projetos e documentos compartilhados. Essas ferramentas facilitam a colaboração assíncrona, registram decisões e preservam conhecimento mesmo em caso de mudanças de equipe.
Integrar RH e comunicação interna
Com plataformas modernas e uso de analytics, RH e comunicação interna podem atuar de forma estratégica, monitorando engajamento, clima e padrões de interação. Assim, deixam de ter apenas função administrativa e passam a contribuir diretamente para o fortalecimento da cultura e apoio à liderança.
Criar rituais de conexão e reconhecimento
Pequenas ações diárias, como elogios públicos, celebração de conquistas e eventos híbridos, ajudam a reforçar valores e motivar equipes. Para Oliveira, a tecnologia deve servir para operacionalizar esses comportamentos e colocar as pessoas no centro da estratégia.