Do Micro Ao Macro

CEOs de tecnologia e telecom priorizam investimentos em IA generativa

Pesquisa da KPMG revela que 78% dos líderes do setor veem a tecnologia como prioridade, mas apontam desafios como incertezas econômicas e geopolíticas

CEOs de tecnologia e telecom priorizam investimentos em IA generativa
CEOs de tecnologia e telecom priorizam investimentos em IA generativa
Há uma série de aspectos surpreendentes, ao ver de um executivo ocidental, no modelo DeepSeek, a começar pelo fato de que ele não tem uma estratégia de lucro a curto prazo. Foto: IsTock
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Um estudo da KPMG, o CEO Outlook 2024, mostra que 78% dos CEOs globais de tecnologia e telecomunicações consideram a IA generativa uma prioridade de investimento. No entanto, 55% deles veem a adoção dessa tecnologia como um dos principais riscos para seus negócios. A pesquisa também destaca outros desafios, como incertezas econômicas (49%) e complexidades geopolíticas (49%).

Marcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul, comenta: “A IA tem potencial transformador, mas seu uso deve ser direcionado a casos que gerem resultados efetivos, especialmente em um cenário de incertezas macroeconômicas e geopolíticas”. Ele ressalta que a tecnologia pode impulsionar eficiência operacional, inovação e cibersegurança.

Impacto da IA generativa no setor

A pesquisa indica que a IA generativa pode melhorar habilidades da força de trabalho, detectar fraudes e responder a ataques cibernéticos. Além disso, a tecnologia pode aumentar a inovação. Para 23% dos CEOs, a digitalização e a conectividade em todas as áreas funcionais são a principal prioridade operacional para os próximos três anos.

Apesar do otimismo, 71% dos líderes sentem pressão para garantir a prosperidade de seus negócios a longo prazo. A adoção de tecnologias emergentes é vista como um caminho para enfrentar esses desafios.

Desafios ESG e competitividade

A pesquisa também aborda questões relacionadas a ESG (Environmental, Social, and Governance). Cerca de 29% dos CEOs acreditam que concorrentes estão ganhando vantagem por atenderem melhor às expectativas das partes interessadas em relação a esses fatores.

A falta de atenção aos critérios ESG pode colocar empresas em desvantagem competitiva. Esse cenário reforça a necessidade de alinhar estratégias de negócios com demandas ambientais, sociais e de governança.

Perspectivas de crescimento econômico

Em relação ao crescimento econômico, 40% dos CEOs esperam um aumento de 0,01% a 2,49% nos próximos três anos. Outros 29% projetam um crescimento de 2,5% a 4,99%, enquanto 16% esperam ganhos entre 5% e 9,99%. Apenas 3% dos entrevistados não preveem crescimento algum.

A pesquisa ouviu 240 CEOs de tecnologia e telecomunicações de empresas com receita anual superior a US$ 500 milhões 10 bilhões. O estudo incluiu líderes de 11 mercados-chave, como Estados Unidos, China, Alemanha e Índia, além de 11 setores industriais.

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