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Cartões empresariais ultrapassam R$ 2 bilhões em movimentação no semestre
Levantamento mostra avanço no uso de cartões físicos e virtuais, com destaque para PMEs e infoprodutores
A movimentação com cartões empresariais somou quase 2,4 bilhões de reais no primeiro semestre de 2025, segundo levantamento da Conta Simples. O volume foi registrado entre cerca de 30 mil empresas clientes da fintech e equivale a 10% de todas as transações com cartões PJ realizadas no Brasil em 2023, de acordo com o Panorama Abecs.
Crescimento acelerado
Os dados reforçam a tendência captada pela Visa Consulting & Analytics, que apontou expansão de 45% no uso de cartões empresariais no país. No caso da Conta Simples, houve aumento de 140% nas emissões de cartões apenas nos seis primeiros meses do ano. Foram mais de 165 mil novos cartões, elevando o acumulado histórico da empresa para mais de 1 milhão.
Para Rodrigo Tognini, CEO e cofundador da Conta Simples, a volta de viagens e reuniões presenciais aumentou a necessidade de controle das despesas. “O cartão corporativo une crédito, descentralização e gestão automatizada. Ele se encaixa no novo ritmo das empresas”, afirma.
Infoprodutores em destaque
O levantamento também mostra a força do cartão virtual, utilizado por empreendedores digitais em campanhas e anúncios online. Esse público responde por 95% das emissões da fintech no período.
Segundo Tognini, a possibilidade de emitir múltiplos cartões com limites individualizados e categorização por canal facilita a gestão. “É uma forma de organizar as operações digitais, mantendo flexibilidade e segurança”, explica.
Viagens corporativas
As despesas de deslocamentos profissionais também tiveram papel relevante. Entre janeiro e junho, os gastos com passagens, hospedagens e transportes locais apareceram de forma constante nas transações. O resultado acompanha a estimativa da Global Business Travel Association, que projeta movimentação superior a 30 bilhões de dólares no Brasil em 2025.
No caso das PMEs atendidas pela fintech, os cartões virtuais têm sido utilizados para controlar e simplificar esse tipo de despesa.
Distribuição regional
O Sudeste lidera em volume movimentado, com mais de 553 milhões de reais no semestre, puxado por São Paulo. O Sul aparece em seguida, com quase 200 milhões de reais, impulsionado pela digitalização das PMEs e maturidade de startups.
O Nordeste movimentou 198 milhões de reais, com destaque para varejo, educação, energia e turismo corporativo. Já o Centro-Oeste atingiu 86 milhões de reais, refletindo a força do agronegócio e da atividade administrativa em Brasília. No Norte, o volume foi de 13 milhões de reais, alavancado por investimentos e pela posição do Pará em pautas sustentáveis.
Expectativas
Tognini destaca que a fintech acompanha diariamente os indicadores do setor. “No segundo semestre teremos novidades alinhadas às tendências observadas, com foco em potencializar ainda mais o mercado de PMEs”, afirma.
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