Do Micro Ao Macro
Brechós impulsionam renda e independência financeira para mulheres
Negócio cresce no Brasil e movimentará R$ 24 bilhões em 2025, fortalecendo o empreendedorismo feminino
Nos últimos anos, brechós deixaram de ser apenas uma opção econômica para compras e se tornaram um modelo de negócio lucrativo.
Com foco em moda circular e sustentabilidade, o setor atrai cada vez mais empreendedores, principalmente mulheres.
O setor de Moda foi um dos destaques no crescimento do mercado de franquias em 2024.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o segmento registrou alta de 8,5% em comparação ao ano anterior.
Empreendedorismo feminino e autonomia financeira
Para muitas mulheres, os brechós representam mais do que uma fonte de renda.
Eles oferecem uma alternativa para empreender com flexibilidade e autonomia, permitindo a conciliação entre trabalho e vida pessoal.
“Estar à frente de um negócio abre novas possibilidades para mulheres que buscam independência financeira.
O segmento permite que muitas assumam o controle de suas finanças, principalmente em um mercado onde a desigualdade de gênero ainda é um desafio”, afirma Michelle Svicero, especialista em moda e diretora da rede de brechós premium Release.
Consumo consciente e impacto ambiental
Além do retorno financeiro, os brechós promovem a economia circular.
Esse modelo de negócio reduz o desperdício têxtil e incentiva hábitos de consumo mais sustentáveis.
“O mercado de second hand já é uma tendência global.
No Brasil, ele cresce a cada ano, impulsionado pela busca por sustentabilidade e preços mais acessíveis”, destaca Svicero, que atua no setor há mais de uma década.
Brechós ganham espaço no guarda-roupa dos brasileiros
Dados do Boston Consulting Group indicam que, em 2024, roupas adquiridas em brechós representavam 12% do guarda-roupa dos brasileiros.
Em 2025, essa participação deve chegar a 20%, movimentando cerca de R$ 24 bilhões no país.
Com esse crescimento, o setor se consolida como um mercado promissor, impulsionado por novas tendências de consumo e pelo protagonismo das mulheres no empreendedorismo.
Do Micro ao Macro
A editoria de empreendedorismo de CartaCapital
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.