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‘Betterment Burnout’: Neurocientista explica a exaustão de tentar ser a sua melhor versão

Pressão por autodesenvolvimento contínuo pode levar à exaustão física e mental, segundo especialista

‘Betterment Burnout’: Neurocientista explica a exaustão de tentar ser a sua melhor versão
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A busca constante por autodesenvolvimento e melhoria pessoal, incentivada pelo mercado de trabalho e pela cultura da alta performance, tem levado muitas pessoas a um estado de esgotamento conhecido como Betterment Burnout.

Thais Gameiro, sócia da Nêmesis e especialista em neurociência, explica que a pressão para ser sempre melhor pode sobrecarregar o cérebro.

Segundo ela, essa cobrança desenfreada gera ansiedade, frustração e bloqueios no aprendizado. Além disso, o cérebro precisa de limites claros e cuidados para funcionar de maneira saudável.

Sinais de alerta para o Betterment Burnout

Alguns sintomas indicam que a busca pela “melhor versão” de si mesmo está causando mais mal do que bem. Entre eles está a exaustão constante, mesmo após períodos de descanso.

Outro sinal comum é a dificuldade de concentração, que muitas vezes leva à procrastinação. Irritabilidade e ansiedade também são frequentes em quem vive sob pressão constante.

A perda de motivação e o desinteresse por atividades antes prazerosas completam o quadro. “É importante reconhecer que somos humanos, não máquinas”, diz Gameiro.

Como evitar a armadilha da hiper performance

Para prevenir o Betterment Burnout, a neurocientista sugere práticas que equilibrem a busca por crescimento com o bem-estar. O primeiro passo é reconhecer os próprios limites e respeitar o tempo necessário para descansar.

Além disso, celebrar pequenas conquistas ajuda a ativar os circuitos de recompensa do cérebro. Isso mantém a motivação em níveis saudáveis e evita a sensação de insatisfação crônica.

Outra recomendação é cultivar a autocompaixão. “Ser gentil consigo mesmo e aceitar falhas como parte do processo de aprendizado é essencial”, explica Gameiro.

Por fim, ela reforça a importância de priorizar a saúde mental e física. “Em que momento dessa busca pela melhor versão há espaço para o autocuidado?”, questiona.

Garneiro conclui que, sem equilíbrio, a pressão por autodesenvolvimento pode se tornar uma fonte de sofrimento. Isso prejudica tanto a produtividade quanto a qualidade de vida.

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