Do Micro Ao Macro

Ataques cibernéticos explorando vulnerabilidades aumentam 180% em um ano

Relatório mostra os principais agentes dos ataques cibernéticos e destaca o impacto do fator humano nos incidentes

Ataques cibernéticos explorando vulnerabilidades aumentam 180% em um ano
Ataques cibernéticos explorando vulnerabilidades aumentam 180% em um ano
Estratégias eficazes de defesa cibernética para PMEs
Apoie Siga-nos no

O Relatório de Investigação de Violações de Dados (DBIR) de 2024 da Verizon revela um aumento de 180% nos ataques cibernéticos que exploram vulnerabilidades em comparação com 2022.

Esse crescimento foi impulsionado por ataques de ransomware e outras ameaças de extorsão. Aplicativos da web são o principal ponto de entrada dos criminosos.

Avaliação global de incidentes

O DBIR, em sua 17ª edição, recebeu contribuições de empresas de cibersegurança de todo o mundo, incluindo a brasileira Apura Cyber Intelligence.

O relatório analisou 30.458 incidentes de segurança, dos quais 10.626 foram confirmados como violações de dados, um número recorde.

Impacto das ameaças cibernéticas

Anchises Moraes, especialista em cibersegurança da Apura, afirma que a evolução das ameaças cibernéticas representa um desafio complexo para as organizações.

“A rápida mutação e sofisticação dessas ameaças podem sobrecarregar os sistemas de segurança.

O fator humano, com suas fragilidades e senhas mal protegidas, agrava a situação. Muitas empresas sucumbem aos ataques devido à falta de preparo e conscientização dos usuários”, explica Moraes.

Componente humano nas violações

O relatório mostra que 68% das violações de dados envolvem um componente humano. Isso inclui erros acidentais e mau uso interno.

“Se incluirmos violações envolvendo pessoas maliciosas, o erro humano está presente em 76% dos casos”, diz Moraes.

Violação envolvendo terceiros

Nesta edição, foi ampliado o conceito de violação envolvendo terceiros, que inclui a infraestrutura de parceiros e questões na cadeia de fornecimento de software.

Isso representa 15% das violações, um aumento de 68% em relação ao ano anterior, impulsionado por exploits zero-day em ataques de ransomware e extorsão.

Ransomware e extorsão

O relatório indica que um terço de todas as violações envolveu ransomware ou extorsão. Ataques de “extorsão pura” aumentaram e representam 9% das violações.

Os ataques de “ransomware tradicionais” caíram levemente para 23% das violações. Juntos, esses ataques totalizam 32% das violações. No setor industrial, 92% dos ataques envolveram ransomware.

Motivações financeiras

Dois terços dos ciberataques nos últimos três anos tiveram motivação financeira. Entre 24% e 25% desses ataques usaram pretexting, uma técnica de engenharia social para obter informações confidenciais.

A maioria dos casos envolveu Business Email Compromise (BEC).

Perdas financeiras

De acordo com o FBI, a perda média associada a ransomware e extorsão foi de $46.000, com variações de $3 a $1.141.467 para 95% dos casos.

Comprometimento de E-mail Empresarial (BEC) representou um quarto dos ataques financeiramente motivados, com uma transação média de $50.000.

Phishing em alta

O índice de relatos de phishing aumentou nos últimos anos. O tempo médio para clicar em um link malicioso é de 21 segundos, e para inserir dados pessoais, 28 segundos.

Portanto, os usuários caem em esquemas de phishing em menos de 60 segundos.

Preparação e conscientização

Moraes enfatiza a importância do conhecimento do cenário de ameaças e da educação contínua em segurança cibernética.

Investir em serviços de Inteligência em Ameaças e programas de treinamento pode ajudar a garantir uma navegação segura e confiável na internet.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo