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Amazon demite 14 mil para substituir por IA; saiba como se posicionar

Especialista em imagem profissional explica como competências humanas e posicionamento podem proteger carreiras diante da automação

Amazon demite 14 mil para substituir por IA; saiba como se posicionar
Amazon demite 14 mil para substituir por IA; saiba como se posicionar
Amazon anunciou o corte de 14 mil funcionários. Foto: SEBASTIEN BOZON / AFP
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O avanço da inteligência artificial está provocando mudanças profundas nas estruturas corporativas. A Amazon anunciou a demissão de 14 mil funcionários para direcionar investimentos ao desenvolvimento de novas tecnologias de IA, conforme comunicado de Beth Galetti, vice-presidente sênior de Experiência de Pessoas e Tecnologia da companhia.

Para Clara Laface, especialista em imagem pessoal e corporativa, o impacto vai além das funções substituídas pela tecnologia, revelando uma fragilidade recorrente entre profissionais: a falta de posicionamento estratégico.

Imagem é diferencial competitivo

Clara explica que o erro mais comum é acreditar que a competência técnica é suficiente para manter relevância.

“Quem se apoia apenas na entrega operacional torna-se facilmente substituível. Profissionais que não comunicam valor nem atualizam o repertório ficam invisíveis”, afirma.

Ela ressalta que, em um mercado cada vez mais digital, a imagem pessoal e profissional se tornou um ativo estratégico.

“A imagem é o que faz um profissional ser lembrado e procurado. Quando há coerência entre presença, discurso e entrega, surge confiança — e é isso que diferencia as pessoas em um ambiente dominado por tecnologia”, observa.

O papel das habilidades humanas

Em meio à automação, as competências humanas passam a ter maior peso. “Escuta ativa, empatia, pensamento crítico, criatividade e adaptabilidade são as habilidades que mais influenciam o sucesso profissional. Elas representam discernimento e humanidade, qualidades que a IA ainda não consegue reproduzir”, afirma Clara.

A especialista destaca que a capacidade de se comunicar e criar conexões genuínas será decisiva para se manter relevante no mercado de trabalho do futuro.

Gestão de imagem

Clara define a gestão de imagem como gestão de percepção — um alinhamento entre discurso, comportamento e presença.

“Não se trata de autopromoção, mas de clareza sobre quem se é e o que se entrega. Profissionais consistentes são vistos como preparados para evoluir, não como ameaçados pela mudança”, explica.

Ferramenta de crescimento

Mesmo diante das demissões, Clara defende que a inteligência artificial deve ser vista como aliada.

“A IA amplia produtividade quando usada como ferramenta, não como muleta. O risco não está na tecnologia, mas em quem deixa de pensar por conta própria”, afirma.

Para ela, o futuro pertencerá a quem souber equilibrar autenticidade e adaptação — transformando a tecnologia em apoio, e não em substituição, à inteligência humana.

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