Do Micro Ao Macro
Aluguel de equipamentos de TI ganha espaço e apoia a inovação nas empresas
Modelo reduz custos, moderniza a infraestrutura e permite escalar a operação com mais flexibilidade e previsibilidade


A contratação de equipamentos de tecnologia sob o modelo de aluguel tem ganhado força nas empresas brasileiras. A prática, antes conhecida apenas por operações de leasing ou compra parcelada, passou a incluir serviços técnicos e suporte completos, presenciais e remotos. Agora, mais do que uma solução financeira, o aluguel de ativos de TI tem se consolidado como ferramenta de inovação e eficiência.
No Brasil e no exterior, o modelo tem sido adotado por empresas que buscam mais controle orçamentário, menor risco de obsolescência e agilidade para se adaptar às mudanças. De acordo com projeções da consultoria Mordor Intelligence, o mercado global de aluguel de ativos de TI deve movimentar US$ 523,65 bilhões até 2029. A taxa média de crescimento anual estimada é de 43,35%, puxada por setores como varejo, saúde, indústria, educação, serviços financeiros e telecomunicações.
Segundo a Dell, 55% das empresas que adotam esse modelo buscam melhor estrutura de custos e flexibilidade. Já o IDC aponta que a maior parte das companhias o utiliza como forma de garantir acesso a equipamentos mais modernos para os funcionários, encurtando o ciclo de atualização e tornando a gestão de TI mais eficiente.
As informações são de “Kleiton Schwantes de Jesus”, Head das Unidades de Negócios Print Solutions e IT Devices da Selbetti.
Menos custo inicial
O modelo tradicional de aquisição de notebooks, servidores e outros dispositivos exige investimento inicial elevado e uma gestão contínua de manutenção, troca e descarte. Com o aluguel, esse ciclo se transforma. A empresa paga um valor mensal fixo, o que reduz a necessidade de desembolsos pontuais e permite previsibilidade no orçamento.
Além disso, há redução de custos com manutenção fora da garantia e com o descarte de equipamentos antigos. Como os ativos são responsabilidade da empresa fornecedora, cabe a ela a substituição ou atualização conforme a evolução da tecnologia. Isso evita que a empresa contratante tenha que lidar com equipamentos obsoletos e reduz perdas com desvalorização dos bens.
Outro ponto relevante está no alívio da carga de trabalho da equipe interna de TI. A instalação, a configuração e a reposição de dispositivos passam a ser responsabilidade do prestador de serviço, liberando os profissionais da empresa para atuar em frentes mais estratégicas. Dados de mercado mostram que sete em cada dez empresas que utilizam esse modelo notaram ganho de tempo e recursos dentro do time de tecnologia.
Infraestrutura escalável
Além da economia, o aluguel permite mais agilidade na operação. Caso seja necessário montar um novo escritório, aumentar a equipe ou expandir uma área de negócio, basta contratar mais equipamentos. O processo é mais rápido do que uma nova compra, e o dimensionamento pode ser revisto sempre que a demanda mudar.
Se houver redução de escopo ou encerramento de projetos, o contrato pode ser ajustado para evitar desperdícios. Esse movimento permite que a infraestrutura tecnológica acompanhe o ritmo do negócio.
Outro desafio resolvido pelo modelo é o acúmulo de equipamentos defasados. No aluguel, o fornecedor assume a responsabilidade de manter o parque atualizado. A troca é feita ao fim do ciclo de vida útil ou sempre que surgem modelos mais eficientes. Isso garante acesso contínuo a máquinas compatíveis com os softwares mais recentes e com desempenho superior.
Decisão estratégica
Transformar hardware em serviço tem deixado de ser uma escolha apenas operacional. Para muitas companhias, trata-se de uma decisão de longo prazo, alinhada às metas de modernização, sustentabilidade e crescimento.
Com contratos adaptáveis, suporte completo e acesso contínuo à tecnologia de ponta, o aluguel de ativos de TI se torna um aliado direto da estratégia digital das empresas. Como afirma “Kleiton Schwantes de Jesus”, “ao adotar esse modelo de forma planejada, a empresa garante mais eficiência, previsibilidade e preparo para as demandas do futuro”.
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