Do Micro Ao Macro
Abertura de novos pequenos negócios no Brasil cresce em junho
Número de novos micro e pequenos negócios apresenta aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Sebrae
Em junho de 2024, o Brasil registrou a abertura de 338,8 mil novos pequenos negócios, conforme levantamento do Sebrae com base em dados da Receita Federal. Esse número corresponde a 96,2% das 352,1 mil empresas de todos os portes criadas no período, representando um crescimento de 4% em relação a junho de 2023. No acumulado do primeiro semestre, foram contabilizados 2,1 milhões de novos pequenos negócios.
Os microempreendedores individuais (MEI) lideraram as aberturas, representando 76,5% dos novos empreendimentos. As microempresas (ME) participaram com 19,3% e as empresas de pequeno porte (EPP) com 4,2%. O setor de Serviços foi destaque, concentrando 61,4% das novas empresas em junho, seguido pelo Comércio (22,8%), Indústria da Transformação (7,7%) e Construção (7,2%). Regionalmente, o Sudeste foi responsável pela maior parte das aberturas, com 175,5 mil novos negócios, seguido pelo Sul (63,5 mil), Nordeste (50 mil), Centro-Oeste (32,5 mil) e Norte (17,1 mil).
Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, o otimismo dos empreendedores reflete sinais positivos na economia, com a criação de novos negócios superando a geração de empregos. Enquanto 2,1 milhões de empresas foram abertas no primeiro semestre, o saldo de vagas formais de janeiro a maio foi de cerca de 655 mil.
Entre os MEIs, a publicidade liderou as aberturas em junho, com 15,5 mil novos negócios, seguida pelos setores de beleza e cabeleireiros (15,4 mil) e transporte rodoviário de carga (14,7 mil). Entre as Micro e Pequenas Empresas (MPE), as clínicas médicas e odontológicas lideraram com 4,6 mil novos registros, seguidas por escritórios administrativos (3,8 mil) e restaurantes e estabelecimentos de alimentação e bebidas (3,7 mil).
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.