Do Micro Ao Macro
5 dicas para promover treinamentos de segurança de dados em equipes remotas
Especialista aponta como as PMEs podem criar cultura de proteção de informações mesmo com recursos limitados


A proteção de dados deixou de ser diferencial competitivo e se tornou exigência para empresas de todos os portes. No caso das Pequenas e Médias Empresas (PMEs), que concentram mais de 80% dos empregos formais no Brasil, segundo o Sebrae, o desafio é maior: os recursos para compliance são reduzidos e, em muitos casos, as equipes atuam de forma remota.
O cumprimento da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é obrigatório e descuidos podem gerar multas elevadas e outras penalidades. Por isso, Ricardo Maravalhas, CEO e fundador da DPOnet, empresa especializada em conformidade com a legislação, elencou cinco medidas práticas para ajudar companhias a capacitar seus funcionários e fortalecer a cultura de segurança digital.
1. Personalize os treinamentos
Treinamentos genéricos não geram engajamento. É recomendável adotar exemplos próximos da rotina da equipe, como uso de redes Wi-Fi públicas, armazenamento de arquivos em nuvem e compartilhamento de documentos. Com situações reais, o aprendizado se torna mais efetivo.
2. Invista em atividades contínuas
Ações pontuais não consolidam uma cultura de segurança. Para reduzir riscos, a orientação deve aparecer em campanhas internas, lembretes semanais e treinamentos rápidos. A repetição cria hábitos e diminui falhas.
3. Utilize métodos dinâmicos
Tornar o aprendizado mais interativo ajuda na fixação do conteúdo. Testes, rankings e desafios são recursos que transformam um tema técnico em algo acessível. A gamificação aumenta o engajamento e amplia a participação das equipes.
4. Estabeleça políticas objetivas
É necessário manter guias claros e de fácil acesso. Manuais, checklists e FAQs servem como apoio no dia a dia e evitam dúvidas. Com regras bem comunicadas, todos os funcionários ficam alinhados às boas práticas.
5. Compartilhe a responsabilidade
A segurança da informação não deve ser atribuída apenas às áreas de TI ou jurídica. Para ser efetiva, precisa ser encarada como compromisso coletivo. Mostrar que todos são responsáveis fortalece o envolvimento e aumenta a proteção dos dados.
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