Do Micro Ao Macro

4 estratégias para empreendedoras enfrentarem a sobrecarga e a pressão emocional

Especialista em finanças aponta caminhos para equilibrar múltiplos papéis e dar mais sustentabilidade aos negócios

4 estratégias para empreendedoras enfrentarem a sobrecarga e a pressão emocional
4 estratégias para empreendedoras enfrentarem a sobrecarga e a pressão emocional
Beatriz Machnick é contadora, especialista em Controladoria e Finanças, mestre em Governança e Sustentabilidade. Sócio fundadora da BM Consultoria em Precificação e Finanças. Divulgação
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A sobrecarga das mulheres que decidem empreender no Brasil vai além das horas dedicadas ao negócio. A dupla jornada, somada ao chamado trabalho invisível, impacta a saúde emocional e reduz a energia disponível para decisões estratégicas.

Um estudo do Sebrae, baseado na PNAD Contínua do IBGE, mostra que o país tem 10,4 milhões de mulheres donas de negócios, número 42% maior do que em 2012. Apesar disso, elas ainda são minoria no universo do empreendedorismo (34,1%) e registram renda média 24,4% inferior à dos homens empreendedores, mesmo com maior escolaridade.

De acordo com a contadora e especialista em finanças Beatriz Machnick, é necessário repensar a forma como as empreendedoras organizam tempo, prioridades e recursos.

“Muitas acabam presas às tarefas operacionais e deixam de lado o planejamento financeiro, a análise de mercado e a busca por novas oportunidades. Para mudar esse quadro, é preciso encarar a gestão de forma integral”, afirma.

A especialista elenca quatro estratégias que ajudam a reduzir a pressão emocional e a estruturar negócios de maneira mais sustentável.

Organizar o tempo com foco estratégico

Separar atividades que realmente geram valor das que apenas ocupam espaço na agenda é o primeiro passo.

Reservar momentos fixos da semana para revisar indicadores e avaliar resultados ajuda a sair da lógica de “apagar incêndios” e a direcionar energia para o crescimento.

Criar fronteiras entre trabalho e vida pessoal

Responder clientes a qualquer hora ou acumular tarefas domésticas durante o expediente compromete tanto a saúde emocional quanto o negócio.

Estabelecer horários claros, redistribuir responsabilidades em casa e respeitar momentos de descanso reduz a exaustão e aumenta a clareza nas decisões.

Administrar as pressões emocionais

A culpa de “não dar conta de tudo” é um dos fatores que mais afetam mulheres empreendedoras. Reconhecer limites, aprender a dizer não e buscar apoio em redes de confiança ou profissionais especializados ajuda a equilibrar decisões financeiras e estratégicas.

“A gestão emocional é ferramenta de negócios, porque influencia diretamente na qualidade das escolhas”, reforça Machnick.

Formalizar e estruturar o negócio

Ficar na informalidade limita o acesso a crédito e reduz a possibilidade de crescimento. Estruturar o negócio envolve abrir CNPJ, registrar receitas e despesas e adotar processos de gestão financeira. Isso fortalece a legitimidade no mercado e amplia as condições de negociação com clientes e fornecedores.

Para Beatriz Machnick, organizar o tempo, definir limites saudáveis, cuidar das emoções e estruturar o negócio permite transformar esforço em resultado. “Quando a empreendedora se dedica a esses pontos, ganha produtividade, fortalece a rentabilidade e encontra mais qualidade de vida”, conclui.

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