Singapura pune revista Vogue por promover famílias ‘não tradicionais’

As autoridades de Singapura limitaram a permissão de publicação da edição local da revista de moda Vogue por ter divulgado imagens de nudez e por promover famílias "não tradicionais". O Ministério da Comunicação e Informação da Cidade-Estado anunciou, na sexta-feira (14), que lançou uma advertência para

Parada LGBT de São Paulo. Foto: Paulo Pinto/FotosPublicas.

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As autoridades de Singapura limitaram a permissão de publicação da edição local da revista de moda Vogue por ter divulgado imagens de nudez e por promover famílias “não tradicionais”.

O Ministério da Comunicação e Informação da Cidade-Estado anunciou, na sexta-feira (14), que lançou uma advertência para a revista e “revogou” sua permissão de publicação de um ano.

Após a medida, a Vogue solicitou uma nova autorização, que lhe foi concedida por apenas seis meses, acrescentou o ministério.

Singapura aplica regras muito rígidas para limitar o conteúdo LGBT+ na imprensa. As revistas são proibidas de promover “estilos de vida alternativos” que se desviem do conceito de “família tradicional”.

A regulamentação também proíbe a publicação de imagens de nudez, incluindo “representações de modelos seminus, cujos seios e/ou órgãos genitais apareçam cobertos por mãos, materiais, ou objetos”.

A Vogue “infringiu quatro vezes, nos últimos dois anos, as diretrizes relativas ao conteúdo das revistas de moda locais, por (publicar imagens de) nudez e fazer a promoção de famílias não tradicionais”, alegou o ministério.


A publicação de revistas em Singapura está sujeita à obtenção de uma licença.

É a primeira vez que as autoridades reduzem a duração dessa permissão desde 2014, quando uma revista de arte local recebeu sanções por “conteúdo religiosamente insensível, ou degradante”.

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