Política

“Bolsonaro não é nome certo para o segundo turno”, diz pesquisador

Cientista político em Harvard aposta na queda de Bolsonaro, vê Haddad cada vez mais competitivo e acredita em polarização PT x PSDB no segundo turno

Seria possível a reedição de PTxPSDB ainda em 2018?
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As duas últimas semanas foram de grandes mudanças na corrida presidencial deste ano. Enquanto o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, foi vítima de um atentado durante sua campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG), Fernando Haddad, até então vice-presidente da chapa petista, entrou na disputa como candidato oficial no lugar do ex-presidente Lula, preso em Curitiba. Os dois cresceram nas últimas pesquisas Datafolha e Ibope, divulgadas no início da semana.

Enquanto Haddad despontou, Bolsonaro mostrou um crescimento tímido. Outra surpresa foi Marina Silva, da Rede, que até então era esperada como alternativa das mulheres – a maioria do eleitorado indeciso – mas caiu nas pesquisas, inclusive nesse público. Ciro Gomes, do PDT cresceu e Geraldo Alckmin, do PSDB, segue estável. 

Apesar das oscilações e incertezas, Fernando Bizzarro, cientista político doutorando na Harvard University e pesquisador associado do Centro David Rockfeller de Estudos Latino-americanos, acredita que um segundo turno ainda pode reeditar a polarização vista nas últimas eleições: uma disputa entre a centro-direita e a centro-esquerda. “Especificamente a candidatura do PT e do PSDB”, afirma ele.

Diferentemente da maioria das análises, Fernando acredita que a candidatura de Bolsonaro ainda pode desidratar, tirando o candidato do segundo turno. Para ele, a escolha do PT, de esticar até o dia 11 a candidatura do ex-presidente Lula, foi correta, do ponto de vista estratégico e eleitoral.

Segundo ele, Haddad tem um alto potencial de crescimento. “Todo dia que alguém aprende que ele é o candidato do Lula, ele ganha mais um voto”, explica. De fato, a última pesquisa CUT/Vox Populi, divulgada no dia 13, corrobora essa aposta. Associado diretamente a Lula, Haddad alcança 22% das intenções de voto e ultrapassa Bolsonaro.

Em entrevista à CartaCapital, o pesquisador explica o cenário da última semana.

CartaCapital: Como o senhor analisa o desempenho de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas pós-atentado?

Fernando Bizzarro: Pessoalmente, eu já esperava que o Bolsonaro não tivesse mais tão alto nas pesquisas. A minha expectativa inicial era que assim que começasse a campanha, o bombardeio de informações negativas sobre ele seria tão intenso que ele perderia uma parte do seu apoio. Ele não perdeu. Em parte talvez porque ele acabou se saindo melhor do que esperavam, ou porque o atentado criou um contra bombardeio de informações.

Com o atentado, houve uma contra-maré. Seu nome passou a ser dissociado das coisas com as quais os adversários do Bolsonaro estavam tentando associar a ele, que era ser misógino e autoritário, por exemplo. Passaram a associar ele com o atentado, com violência, que eram coisas que não depõem contra a imagem dele na mesma intensidade.

Ele ainda continua forte, deu uma crescida que talvez tenha a ver com o fato de que o nome dele apareceu muito na televisão na última semana. Mas eu ainda continuo apostando que na medida em que as eleições forem chegando, uma parte desses eleitores que se declaram apoiadores dele vão acabar deixando o Bolsonaro de lado e optando por outras opções, na medida em que a campanha se normalize e ele volte a ser alvo dos seus principais adversários.

CC: Ainda sim o Bolsonaro é um nome certo para o segundo turno?

FB: Não. Eu nunca acreditei nisso. Toda vez que eu vejo uma pesquisa em que o nome dele está ali eu fico meio reticente. Porque na verdade eu nunca acreditei que esse fosse ser o caso. Sempre achei e ainda acho que ele não vai ter condições de aguentar a campanha até o final. Ele não tem estrutura política, apoios, etc, para aguentar até o final. Até hoje ele está lá como potencial candidato para o segundo turno, mas eu nunca achei que ele fosse para o segundo turno.

CC: Ciro Gomes (PDT) despontou nas últimas pesquisas. Era algo esperado?

FB: O Ciro também é um fenômeno interessante porque é o oposto do que aconteceu com a Marina. Ele cresceu numa situação em que ninguém achava que fosse crescer e em um momento em que, por exemplo, a Marina estava se retraindo e o Haddad estava começando a virar o candidato do PT.

É difícil saber o que está acontecendo ali, me parece que há uma parte de um eleitorado que está mais ao centro e à esquerda que acabou, nesse momento, vendo o Ciro como uma possibilidade. Mas se vai durar até o final da eleição, é muito difícil de saber. Vai depender muito da performance do Fernando Haddad na medida em que o tempo passa.

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CC:  Fernando Haddad (PT) foi o candidato que mais apresentou crescimento, com cinco pontos percentuais no Datafolha. Ele vai continuar assim?

FB: O Haddad está começando a caminhada e nas próximas quatro semanas eu sei que vai ser uma caminhada consistente e que ele vai ganhar voto na medida em que os eleitores que estão menos informados passam a entender que ele é o candidato do PT e o candidato apoiado pelo ex-presidente Lula. Todo dia que alguém aprende sobre isso, ele ganha mais um voto. Talvez ele não ganhe todos os votos que potencialmente iriam para o Lula se ele fosse candidato, mas o Haddad com certeza vai ganhar uma parte desses votos.

Esse crescimento dele nessa última pesquisa e o fato de que mesmo nas respostas espontâneas o nome dele está crescendo, indicam que de fato as pessoas estão começando a entender e ver ele como o candidato petista, uma coisa que vai aumentar ainda mais, já que ele virou o candidato oficial do Partidos dos Trabalhadores. Esse crescimento é uma tendência que eu acho que vai se consolidar quanto mais próximo estiverem as eleições. Ele vai se tornar cada vez mais um candidato competitivo.

CC: Como o Haddad vai conseguir continuar absorvendo esses votos do ex-presidente Lula?

FB: Agora que ele vai virar o candidato de fato, ele vai aparecer nos debates, vai se tornar o nome da campanha. A probabilidade que esse eleitor do Lula vote no Haddad é maior do que ele vote para qualquer outro candidato. Suspeito que ele vai continuar crescendo e tem boas chances de chegar no segundo turno independente de o outro candidato ser o Bolsonaro ou algum dos mais moderados.

CC: Como o senhor enxerga essa estratégia do PT de esticar até o último segundo a candidatura do Lula?

FB: Acho que o PT fez a coisa certa do ponto de vista estratégico. O ex-presidente Lula ainda é a liderança política mais viável para o Brasil do ponto de vista eleitoral. É o candidato mais competitivo. Então, quanto mais pudessem mantê-lo na disputa, mais e mais ele teve a ganhar com uma associação que o eleitor vai fazer entre o Lula e a eleição.

Ou seja, quanto mais mantivessem o Lula na disputa, mais eles apostariam no eleitor que gostaria que o Lula fosse candidato. Se tivessem tirado o Lula antes e agido como se ele não fosse candidato desde o começo, o eleitor talvez nem percebesse essa associação. E aí então ficaria mais difícil para transferir os votos que eles querem para o Fernando Haddad. Então eu acho que foi uma estratégia correta, do ponto de vista do partido. 

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CC: A estratégia foi boa para o Haddad?

Quanto mais mantiveram o Lula como candidato, menos tempo as pessoas tiveram para se perguntar sobre o Fernando Haddad. Quanto mais tempo elas tinham para discutir se a candidatura do Lula, por exemplo, era legal ou legítima, menos tempo elas tinham para perguntar ao Fernando Haddad quais eram as intenções dele sobre política públicas. Então quando ele não tem que fazer isso, basicamente ele tem que dizer “eu estou apoiando o presidente Lula”.

Não só isso claramente ajudou a manter a candidatura do PT em evidência, lembrar os eleitores que o Lula é candidato, como também ajudou o Haddad. Na medida em que ele virar o candidato do Lula, o eleitor vai se perguntar “ora bolas, na última eleição nós votamos no candidato que o presidente Lula indicou”, que era a presidente Dilma, e que não foi uma presidente muito bem sucedida. Quanto mais tempo o eleitor tivesse para se perguntar “é o Haddad uma nova Dilma?”, pior seria para o PT.

CC: O senhor acredita que no final da disputa irá se repetir uma polarização como nas eleições anteriores, entre PT e PSDB?

FB: Eu sempre achei que fosse ser isso e eu continuo suspeitando que esse é o cenário mais provável, mas ele é bem menos provável do que ele era um mês antes da eleição em 2014. Mas eu continuo achando que ele é sim o cenário mais provável porque o sistema político brasileiro se organizou de uma forma que privilegia as candidaturas de centro-direita e centro-esquerda, especificamente a candidatura do PT e do PSDB.

CC: Pensando em uma reedição da polarização PT x PSDB, quais passos o senhor acredita que levarão o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) a isso? 

FB: Eu suspeito que nesse instante ele vai abrir mão dos estados do Nordeste. Onde você não tem força política, você não tem aliados para terceirizar essa campanha, principalmente em estados que não tendem a votar no Alckmin já desde o começo. A disputa dele agora é roubar votos do Bolsonaro. A maioria desses votos está no Sul e no Sudeste, que é onde o PSDB se dá bem. Ele deve deixar para ir disputar o Nordeste no segundo turno.

No segundo turno você é obrigado a se aproximar do centro, a tentar o eleitorado mais amplo. E parece que é isso que eles vão tentar fazer. A estratégia é tomar voto do Bolsonaro onde esses votos estiverem agora, é por isso que por exemplo ele nomeou a Ana Amélia para ser candidata a vice, ou seja, uma candidata do sul do Brasil.

CC: A candidata Marina Silva (Rede) caiu nas últimas pesquisas lançadas nessa semana, como o senhor enxerga esse cenário?

FB: O que aconteceu com a Marina é interessante porque é um processo que aconteceu na última eleição muito mais tarde. Os eleitores que inicialmente pareciam que iam votar nela, começaram a procurar outro candidato que eles veem como mais viável, ou talvez como mais interessante, e  começaram a abandonar o apoio que eles davam à Marina.

Isso aconteceu em 2014, quando ela parecia que ia para o segundo turno e de repente ela não teve o fôlego para aguentar a campanha inteira e acabou terminando em terceiro lugar. Dessa vez parece que ela começou a perder voto muito antes. 

CC: Ela não cresceu no eleitorado feminino e inclusive diminuiu entre as intenções do voto dele.

FB: É muito difícil de entender o que aconteceu ali. Me parece que só o fato de a Marina ser uma candidata mulher não é suficiente para conquistar o eleitorado feminino, uma coisa que as pessoas suspeitaram que fosse acontecer. Mas, além disso, eu não sei dizer porque ela não está conquistando esse voto. O eleitor ainda está claramente muito perdido com todas as opções que ele tem.

CC: Acredita então que Ciro, Bolsonaro e Marina são cartas fora do jogo eleitoral?

FB: O nível de incerteza é muito elevado ainda. Mas à luz da história recente e do fato de que o principal elemento a definir o resultado das eleições no Brasil têm sido as bases institucionais das principais candidaturas, bases que foram reforçadas nesta eleição devido às mudanças na legislação eleitoral, a chegada de qualquer um deles ao segundo turno seria uma eventual surpresa

CC: Fala-se muito na resiliência dessas candidaturas que não são profissionais, que é o exemplo do Bolsonaro. Como o senhor acredita que elas têm resistido até agora?

FB: A principal razão é porque a campanha de verdade começou muito tarde. As mudanças nas regras da nova eleição que o Congresso fez no começo do ano, atrasando o início da campanha, atrasando a seleção de candidatos, gerou uma situação na qual as grandes campanhas do ponto de vista profissional e financeiro, as que tinham maior apoio e mais recursos, começaram muito tarde. Isso fez com que o Bolsonaro sobrevivesse até agora.

Em 2014 e em 2010, os candidatos eram definidos muito antes, então quando chegava em agosto as campanhas que não eram tão profissionais já estavam sem fôlego, sem recursos e completamente exaustas, enquanto as campanhas do PT e do PSDB, que tinham mais dinheiro, ainda tinham muita lenha pra queimar. Esse ano não. Esse ano a campanha começou agora, então deu para sobreviver muito tempo sem ter que ter enfrentado o que é a campanha de verdade, sem ter que viajar o país inteiro, mobilizar gente, contratar cabo eleitoral. Então a principal razão pela qual sobreviveu tão longe é porque vai começar a morrer muito mais tarde do que elas começaram a morrer nos anos anteriores.

CC: A insatisfação com a política tradicional também pode ser uma explicação?

FB: Essa é a segunda razão. Há uma parcela grande do eleitorado que não quer os partidos tradicionais, então isso também alimenta campanhas de candidatos que são vistos como outsiders. Essa combinação de campanhas que começaram muito tarde e eleitores que estão a princípio indispostos com as campanhas tradicionais, fazem com que não tenha tempo para que as candidaturas não tradicionais sejam exauridas pela dinâmica das eleições e para que as campanhas com mais dinheiro possam então convencer esse eleitor a mudar de ideia. Como o tempo é curto, talvez não dê tempo de mudar a ideia do eleitor.

CC: O tempo de televisão ainda é importante nessas eleições?

FB: Ainda que a internet e as redes sociais tem se tornado mais e mais importantes, elas são substancialmente menos importantes do que as mídias tradicionais. As redes sociais tem se tornado mais e mais importantes, isso é verdade. Mas o que também é verdade é que a maioria da população continua se informando pelas mídias tradicionais. À medida que a campanha avança e as pessoas passem a conversar mais sobre a campanha, a receber mais informação sobre a campanha, o peso que as mídias tradicionais têm para informar o eleitor que não se informa pela internet vai aumentar, e como essa quantidade de gente é maior, ela tende em algum momento a se tornar bem mais importante do que as mídias sociais para definir quem vai ser os vencedores da eleição.

CC: Isso também sustenta a ideia de que no final vai se repetir uma polarização PT e PSDB?

FB: Exatamente. Essa é uma das razões pelas quais eu e outras pessoas suspeitam que essa polarização vai se repetir. Na hora que o eleitor que não está ainda muito preocupado com a campanha tiver que se decidir, e ainda essa é uma maioria da população, ele vai se decidir baseado naquela que é a fonte de informação que ele normalmente consome, que é a televisão, onde PT e PSDB ainda têm a maior parte do tempo de exposição.

CC:  Falando sobre o cenário estadual, as pesquisas estão mostrando que talvez não haja uma renovação política, que era algo que estava se falando.

FB: Acho que as pessoas que esperavam grande níveis de renovação política nessa eleição estavam equivocadas desde o começo. Não havia por que imaginar que ia haver renovação. Os eleitores sempre acharam que os políticos são terríveis, sempre desconfiaram dos políticos e não gostaram dos partidos.

O fato de que os eleitores desgostam da classe política não quer dizer que eles necessariamente procuram outros candidatos, porque isso depende de informação e de uma série de outros fatores. Se você olhar em 2016 por exemplo, que já estava sob mais ou menos o mesmo contexto de sentimento antipolítica, já não teve renovação. Fora em Belo Horizonte, nenhum outsider ganhou capitais, mesmo o Dória que é normalmente tratado como outsider, era só metade outsider, porque afinal ele era candidato do PSDB, que é o partido que domina a política paulista há 25 anos. 

CC:  Qual a importância dos palanques estaduais nessa eleição?

FB: Eles ajudam a arrumar o cenário da política, a principal função deles é coordenar candidaturas e por isso favorecem alguns candidatos e prejudicam outros. Nessas eleições, os palanques estaduais vão ter a mesma função, que é servir como moeda de troca para que as principais candidaturas presidenciais arrumem o cenário da política a seu favor. A segunda função que eles historicamente têm é terceirizar as atividades de campanha ao nível local.

É impossível que a campanha federal coordene atividades todos os dias e em todos os estados do país, nessa medida eles têm que terceirizar a campanha e garantir que seus aliados também puxem o voto para o candidato a presidente. Aqueles candidatos como o Bolsonaro, que não tem palanques estaduais fortes, vão sofrer na medida em que o efeito dessa terceirização se tornar mais intenso, que é quanto mais próximo se chega da eleição.

CC: Que disputas estaduais o senhor enxerga como mais decisivas nesse cenário?

FB: São Paulo é sempre uma das disputas principais. É um dos maiores estados da federação, é da onde a maioria dos candidatos à presidência sempre vêm. Esse ano a disputa está muito mais aberta do que ela estava em 2014. Se o candidato do PSDB não vencer, aí as coisas podem começar a mudar de fato, porque uma das principais razões pelas quais o PSDB se manteve como um dos principais partidos dos últimos 25 anos sempre foi porque ele pôde contar com o controle do governo do estado da segunda maior máquina política do País, para então servir de base para os seus candidatos presidenciais. Se o PSDB perder isso, fica muito complicado para o partido sobreviver com a mesma intensidade e com a mesma capacidade de liderar a direita que teve nos últimos anos. 

CC:  E os estados do Nordeste? Qual importância o senhor acredita que eles vão ter nessas eleições?

FB: Os estados do Nordeste vão ter o papel que eles sempre tiveram de decidir o resultado da eleição. Mas na eleição estadual isso é menos óbvio porque alguns desses estados têm atores importantes do PSB, por exemplo, que que acabou optando por uma posição neutra na eleição presidencial.

Como esses candidatos vão se alinhar nas eleições nacionais tem muito mais a ver com a dinâmica estadual do que com o alinhamento dos partidos. Então a campanha no Nordeste tende a ser, dessa vez, menos nacionalizada do que ela tinha sido. Em 2014, a campanha no Nordeste replicou a lógica da eleição presidencial com muito mais intensidade.

CC: Que consequências essa neutralidade do PSB trouxe para as eleições presidenciais?

FB: Foi importante para enfraquecer o Ciro Gomes, que é para onde o provavelmente o PSB ia se não tivesse acontecido a neutralidade, e aí aumentar as chances do Haddad. Se o PSB tivesse apoiado o Ciro, o PT ia ficar isolado ou só com  o PCdoB e outros partidos menores e ia ficar muito complicado para o PT. Ao conseguir arrancar a neutralidade do PSB, eles enfraqueceram a alternativa à centro-esquerda que era o Ciro e isso então aumentou a chance do Fernando Haddad.

O que é interessante é que o máximo que o PT conseguiu arrancar do PSB foi a neutralidade, ou seja, em outros tempos o PSB apoiou os candidatos do PT porque era o candidato mais viável. Isso indica que até mesmo os partidos de esquerda percebiam que essa disputa entre PT e Ciro não está pré determinada.

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