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Justiça absolve Sikêra e classifica como lícito chamar LGBTs de ‘raça desgraçada’
O apresentador da RedeTV disse em seu programa que os homossexuais estão acabando com a família brasileira
O desembargador Rodolfo Pelizzar, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), derrubou a decisão de primeira instância que havia condenado o apresentador Sikêra Jr., da RedeTV, a pagar 30 mil reais de indenização para a modelo transexual Viviany Beleboni.
Segundo divulgou o portal UOL, o desembargador disse que o Estado não pode censurar o direito de dizer o que se pensa e que a “crítica” de Sikêra “pode até ser um equívoco crasso, mas não uma manifestação ilícita do pensamento”.
Em 2020, ao comentar um assassinato cometido por um casal de mulheres, Sikêra utilizou a imagem de Viviany na parada de 2018, na qual ela interpretou Jesus na cruz pedindo mais respeito com a população LGBT.
“Isso é um ‘lixo’, uma ‘bosta’, uma ‘raça desgraçada’, comentou o apresentador. “Os homossexuais estão arruinando a família brasileira”.
“Em verdade, a crítica foi dirigida à toda a comunidade LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais], de forma genérica”, afirmou o desembargador.
“A conduta do apresentador não é ilícita, sendo uma mera crítica por entender que sua religião havia sido ofendida por homossexuais, a quem entende serem avessos a Jesus.”
A decisão cabe recurso.
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