Diversidade
Gilberto Barros é denunciado no MP por crime de LGBTfobia
Apresentador disse que se ver dois homens se beijando ‘apanham os dois’
O apresentador Gilberto Barros foi denunciado, nesta terça-feira 15, por crime de LGBTfobia. A queixa foi prestada no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pelo jornalista e candidato a vereador em por São Paulo pelo PT, William de Lucca.
Segundo De Lucca, Barros usou seu espaço como comunicador para incentivar a agressão contra homossexuais. “Responderá penal e administrativamente e vai aprender pela lei a respeitar nossa população”, criticou o candidato.
A fala aconteceu na semana passada, durante o programa “Amigos do Leão”, exibido no canal de Barros no YouTube, que contou com a participação da apresentadora Sonia Abrão.
“Você lembra a hora que eu acordava para trabalhar na Rádio Globo, quando cheguei a São Paulo, em 1984? Tinha que acordar às 2h30 e ainda presenciar, no lugar onde guardava o carro, beijo de língua de dois bigodes. Porque tinha uma boate gay lá na frente”, contou.
Logo em seguida, Barros explica que tinha acabado de chegar do interior e que não estava acostumado. Ele também disse que cada um faz o que quiser, mas que hoje agrediria os dois.
“Não tenho nada contra, mas também sou gente. Naquela época ainda, imagina. Chegando do interior… hoje em dia, se quiser fazer [na minha frente], faz, mas apanham os dois”, completou.
Esta é a fala de @GilbertoBarros que me motivou a denunciá-lo ao Ministério Público e também pela lei 10.948/01 por crime de homofobia. Não é admissível que um comunicador use um espaço para incentivar a agressão contra homossexuais. É crime e ele responderá por isso! pic.twitter.com/bkjjMpQJId
— William De Lucca (@delucca) September 14, 2020
A reportagem não conseguiu contato com a assessoria do apresentador, mas deixa o espaço aberto para a manifestação.
Crime de LGBTfobia
Em maio de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enquadrar a homotransfobia na Lei de Racismo, que prevê de 1 a 5 anos de prisão, e julgou o Poder Legislativo como omisso em relação a votar uma lei específica para a proteção da comunidade LGBT+.
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