Diversidade

11 frases inspiradoras de Malala Yousafzai em sua passagem pelo Brasil

A paquistanesa que se tornou ícone da luta pelo direito das meninas de estudar selecionou três brasileiras que receberão investimentos, duas do Nordeste

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“Tenho recebido tantas mensagens pedindo ‘Malala, please come to Brazil’, que era meu sonho vir para cá”, contou a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do prêmio Nobel da Paz de 2014. A campanha tão popular nas redes sociais funcionou: Malala participou nesta segunda-feira 9 de um evento promovido pelo Itaú Unibanco, em São Paulo. Além dela, Conceição Evaristo, escritora, Tia Dag, fundadora da Casa do ZezinhoTabata Amaral, ativista por educação de qualidade, e Ana Lúcia Villela, do Instituto Alana, também participaram do debate.

Não foi o único motivo. Malala roda o mundo para promover a importância do acesso à educação – principalmente para a emancipação e empoderamento das mulheres. “1,5 milhão de pessoas são privadas estudar no Brasil. E eu acredito na educação. A minha esperança é encontrarmos maneiras para que essas pessoas possam estudar”, disse. No mundo, 130 milhões de meninas estão fora das escolas.

Malala sofreu um atentado em seu país, em 2012, cometido pelo Talibã. Levou um tiro na cabeça por insistir em estudar – no Paquistão, as meninas são proibidas de ir à escola. Recuperada, não tinha mais qualquer dúvida: a educação transforma vidas. Levantou ainda mais forte. “Entendi que educação era mais do que ler e escrever. Era sobre empoderamento e emancipação”, contou. Fundou a Rede Gulmakai para apoiar iniciativas ligadas à educação e virou referência mundial na luta por educação e igualdade de gênero.

No Brasil, a paquistanesa escolheu três ativistas da área para investir: Denise Carreira (São Paulo), da Ação Educativa, Sylvia Siqueira Campos (Pernambuco), do Movimento Infanto-juvenil de Reivindicação (Mirim), e Ana Paula Ferreira (Bahia), da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí).

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Veja frases trechos da fala de Malala Yousafzai que mostram por que a paquistanesa levou o Nobel da Paz e inspira plateias por onde passa.  

Educação

1. “Educação não melhora apenas a vida individual dessas meninas, mas também o país todo – a democracia, economia, estabilidade”.

2. “Um dia vamos acordar e ver todas as meninas, no Brasil e no mundo, na escola. Sem medo de estudar, com educação de qualidade, sem sofrer discriminação, sem ser obrigada a casar ou enfrentar trabalho infantil. E podendo sonhar com o que quiser – ser médica, policial ou qualquer outra coisa”.

3. “Precisamos de melhorias para promover educação de qualidade. Eu estou aqui e quero trabalhar com todos vocês. Trazer mudanças ao Brasil. Mas ninguém de fora vem e traz as soluções prontas. Vamos trabalhar com organizações locais e com essas meninas e meninos incríveis que já sabem quais são os problemas e como resolvê-los. Vamos juntos pensar em soluções”.

Diversidade

4. “A [promoção da] diversidade garante que crianças possam sonhar, sem colocar fronteiras ou barreiras para o futuro e os sonhos delas”.

5. “Muitas meninas como eu queriam erguer suas vozes e lutar pela educação. Eu não tinha nada especial, não era mais inteligente, nem nada. A diferença é que meus pais não me impediram de falar, como aconteceu com muitos dos meus amigos”.

6. “A diversidade promove a tolerância. Quando você não encontra pessoas diferentes, não percebe coisas, não percebe o quanto tem em comum com elas. Meu pai sempre dizia: se você quiser saber sobre muçulmanos, desligue a tv e bata na porta de um vizinho para conversar com eles”.

Persistência

7. “Vocês têm o voto. O poder está em suas mãos. Usem esse poder e elejam pessoas que te representem bem. Precisamos sempre lembrar nossos políticas que a responsabilidade é deles, que eles precisam ouvir as pessoas para saber o que pode ser feito no país”.

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8. “Sonhos grandes trazem grandes desafios. Escutei a história de uma mulher que foi obrigada a se casar. No dia do casamento, ela tirou o salto e correu por nove quilômetros para escapar. Se essas pessoas não perderam a esperança, por que nós vamos perder? É dessas histórias que tiro a minha esperança”.

9. “Primeiro temos os desafios externos: violência, pobreza, extremismo. Mas temos que superar desafios internos também. Nós subestimamos o nosso poder – e é a primeira coisa que precisamos combater. Meu pai, quando decidiu ser feminista, precisou lutar contra a ideologia que o guiou a vida toda. Acreditem na força que vocês têm. Não hesitem em falar”.

Raiva

10. “Me perguntam se eu não tenho vontade de dar o troco em quem me atacou. E sempre digo: a melhor revanche é ter educação para todo mundo, inclusive para os filhos dos que me atacaram”.

11. “Eu só senti raiva quando meus irmãos mais novos se sentiam no direito de me perturbar [risos]. A raiva tira nossa energia, a mensagem se perde. Quando você entrega sua palavra de um jeito pacífico, você ganha poder. E as pessoas não podem te ignorar, precisam te ouvir. Precisamos transformar a energia da raiva em positividade”.

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