Diversidade
Defendidos pelo Papa, casamentos homoafetivos batem recordes no Brasil
Direito foi garantido em 2011 pelo Supremo Tribunal Federal
O número de casamentos homoafetivos no Brasil chegou a 127.217 em setembro, de acordo com a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR).
Os dados são colhidos desde 2011, quando o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132.3.
O Brasil foi o 12º país no mundo a liberar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Atualmente, 28 países autorizam o casamento LGBT.
Nesta semana, o papa Francisco defendeu que casais LGBTs tenham direito ao casamento civil. Foi a primeira vez que a maior liderança da Igreja Católica se posicionou sobre o tema.
CNJ
Em maio de 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Resolução nº 175, regulamentou a habilitação, a celebração de casamento civil e a conversão de união estável em casamento aos casais homoafetivos. A norma padronizou nacionalmente a celebração de matrimônios entre pessoas do mesmo sexo, uma vez que cada Estado adotava um entendimento, cabendo a cada magistrado a decisão de autorizar ou não a celebração.
Os números divulgados pelo IBGE mostram que os casamentos homoafetivos aumentam ano a ano desde a regulamentação, com crescimento ainda mais considerável nos últimos anos.
Enquanto em 2017 foram realizados 5.887 casamentos, em 2018 o número foi para 9.520. Em 2019, o índice saltou para 12.896, um aumento de 35%, em relação a 2018.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.